O mercado internacional de soja segue em forte valorização, com a cotação do grão em Chicago superando 11 dólares por bushel e alcançando os maiores níveis do ano. Esse movimento impulsiona os embarques brasileiros, que já atingem patamares recordes para o final de 2025. As informações foram divulgadas no Agroexport desta terça-feira (25).
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Soja em grão

Dados apresentados no Agroexport indicam que o Brasil deve encerrar 2025 com exportações de soja em grão entre 109 e 110 milhões de toneladas, superando o recorde de 102 milhões registrado em 2023. Mesmo com quase um mês ainda pela frente, já foram embarcadas mais de 105 milhões de toneladas neste ano.
Farelo

O farelo de soja também apresenta crescimento consistente. De janeiro a novembro de 2025, já foram exportadas 21,65 milhões de toneladas, e a expectativa é fechar o ano em torno de 22 milhões, com potencial de atingir até 24 milhões de toneladas, considerando a média histórica de dezembro.
O Brasil não cresce apenas na exportação de soja em grão, mas também no farelo, agregando valor à produção, impulsionando a atividade econômica da agroindústria e fortalecendo a presença do país no mercado internacional de farelo de soja.
Óleo

O óleo de soja, que passou por altos e baixos nos últimos anos, apresenta sinais de recuperação. O pico das exportações ocorreu em 2022 e 2023, impulsionado pelo conflito Rússia-Ucrânia, quando a Europa aumentou a importação de óleo de soja brasileiro devido ao receio da escassez de gás russo.
Após uma queda em 2024, 2025 já igualou o volume total exportado no ano anterior, e a expectativa é superar 1,4 milhão de toneladas, retomando os níveis pré-conflito. O cenário indica um viés de alta orgânico nas exportações de óleo de soja, refletindo a recuperação do setor.
Complexo soja

No acumulado do complexo soja (grão, farelo e óleo) o Brasil já exportou 128,6 milhões de toneladas, superando o volume de 2024 e com potencial para alcançar 135 milhões de toneladas até o final do ano.
A produção total da safra está estimada em cerca de 160 milhões de toneladas, garantindo espaço para novas exportações recordes. O recorde histórico anterior foi registrado em 2023, com 126,7 milhões de toneladas.
Demanda chinesa
Além da alta dos preços internacionais, outro fator que impulsionou o desempenho das exportações brasileiras de soja foi a forte demanda da China. Estima-se que o país asiático absorva mais de 80% das exportações brasileiras de soja em 2025, concentrando ainda mais o mercado. O apetite chinês, aliado à valorização da soja em Chicago, explica os números históricos registrados neste ano.
No entanto, esse cenário também representa um risco de concentração. Historicamente, a participação da China nas compras de soja do Brasil sempre foi alta, acima de 70%, mas nos últimos anos tinha se estabilizado entre 68% e 72%. Agora, com a previsão de voltar a 80% de participação, o mercado brasileiro volta a depender fortemente de um único destino.


