No dia em que todas as seleções conhecerão os grupos e adversários da Copa do Mundo de 2026, muitas dúvidas vão surgir. A Alemanha ainda é tudo que sempre foi? Dá para acreditar nas ‘gerações de ouro’ de Portugal e Inglaterra? Quem vai ser a zebra da vez que incomodará as gigantes? Qual o melhor rival possível para não passar aperto na primeira fase?
Embora ainda seja cedo para responder precisamente essas e outras perguntas, o ESPN.com.br tentou. Horas antes do sorteio que decide os caminhos do Brasil de Carlo Ancelotti e outros, listamos abaixo as principais informações dos 42 países que estão garantidos no Mundial – seis vagas permanecem abertas e só serão definidas em março, na repescagem.
Na primeira Copa com 48 seleções, em formato aprovado pela Fifa e que estreará em 2026, sobram figurinhas carimbadas (das campeãs do mundo às tradicionais que estão em todas as edições), mas também estreantes, como Cabo Verde, Jordânia e Uzbequistão. Algumas delas, por sinal, pode cair no caminho da seleção brasileira. Nada melhor do que saber antes o que esperar de cada uma.
Histórico em Copas: 4 participações (1998, 2002, 2010 e 2026)
Última participação: 2010 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (1998, 2002 e 2010)
Campanha nas eliminatórias: 5 vitórias, 3 empates e 2 derrotas
Ranking da Fifa: 61º lugar
Destaque: Lily Foster (centroavante do Burnley)
Técnico: Hugo Broos
Ausência nas Copas desde quando sediou o torneio em 2010, a África do Sul precisou se provar para estar novamente em um Mundial. No grupo com a sempre perigosa Nigéria, os Bafana Bafana se classificaram na última rodada, com vantagem de apenas um ponto, um feito merecido para quem tem subido de patamar no continente. Desde a chegada do técnico Hugo Broos, o time sul-africano foi 3º colocado na Copa Africana de Nações, em 2023, e agora buscará um feito inédito: disputar um mata-mata de Copa, o que não aconteceu nas três outras participações.

ALEMANHA
Histórico em Copas: 21 participações (1934, 1938, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: campeão (1954, 1974, 1990 e 2014)
Campanha nas eliminatórias: 5 vitórias e 1 derrota
Ranking da Fifa: 9º lugar
Destaque: Florian Wirtz (meia do Liverpool)
Técnico: Julian Nagelsmann
Copa do Mundo sem Alemanha não existe – ao menos desde 1950, a última vez que o país não esteve no torneio. O problema é entender o que a tetracampeã fará em solo norte-americano. Desde o título de 2014, com direito ao histórico 7 a 1 sobre o Brasil na semifinal, o país não passou mais da fase de grupos, um desempenho muito aquém para quem tem uma camisa tão poderosa. Para o ano que vem, as expectativas de Julian Nagelsmann são deixar as críticas das eliminatórias para trás e construir uma base focado em dois grandes talentos: Florian Wirtz, reforço que ainda não engrenou no Liverpool, e Jamal Musiala, que se recupera de lesão no Bayern de Munique.

ARÁBIA SAUDITA
Histórico em Copas: 7 participações (1994, 1998, 2002, 2006, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: oitavas de final (1994)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias, 6 empates e 4 derrotas
Ranking da Fifa: 60º lugar
Destaque: Firas Al Buraikan (centroavante do Al Ahli)
Técnico: Hervé Renard
Embora não pareça, a Arábia Saudita é outra figurinha carimbada quando o assunto é Copa do Mundo. Em 2026, vai reencontrar a própria história; foi nos Estados Unidos, em 1994, que os árabes disputaram o torneio pela primeira vez e fizeram sua melhor campanha, com uma ida para as oitavas de final e o gol inesquecível de Al Owairan, eleito o mais bonito daquele Mundial. Muita coisa mudou desde então, a seleção não deu passos de evolução como se imaginava, mas não custa lembrar: a Arábia foi a única a vencer a Argentina no caminho até o título de 2022.

ARGÉLIA
Histórico em Copas: 5 participações (1982, 1986, 2010, 2014 e 2026)
Última participação: 2014 (oitvas de final)
Melhor resultado: oitavas de final (2014)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Ranking da Fifa: 35º lugar
Destaque: Mohamed Amoura (atacante do Wolfsburg)
Técnico: Vladimir Petkovic
Os fanáticos pela Copa de 2014 vão se lembrar da imensa dificuldade que a Alemanha teve, no Beira-Rio, para superar a Argélia nas oitavas de final daquele torneio disputado no Brasil. Aquela foi a última imagem dos argelinos em um Mundial, ao menos até a bola rolar em 2026. Líderes de sua chave nas eliminatórias, com só uma derrota em dez jogos, os comandados de Vladimir Petkovic retor ao maior palco do futebol mundial com a esperança de fazer bonito. Riyad Mahrez, ex-Manchester City e hoje no Al Ahli, ainda é o grande nome, embora o atacante Mohamed Amoura, do Wolfsburg, pinte como o destaque pelos dez gols marcados na campanha de classificação.

ARGENTINA
Histórico em Copas: 19 participações (1930, 1934, 1958, 1962, 1966, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022, 2026)
Última participação: 2022 (campeã)
Melhor resultado: Campeã (1978, 1986 e 2022)
Campanha nas eliminatórias: 12 vitórias, 2 empates e 4 derrotas
Ranking da Fifa: 2º lugar
Destaque: Lionel Messi (atacante do Inter Miami)
Técnico: Lionel Scaloni
Nunca se ide do campeão – ainda mais quando um dos maiores da história permanece em atividade. Depois de ensaiar uma despedida com o cobiçado troféu nas mãos em 2022, Lionel Messi seguiu com a seleção e, mesmo aos 38 anos, parece pronto para o adeus definitivo nas Copas. A pressão de ganhar já não existe mais. A base de 2022, com nomes como Dibu Martínez, Mac Allister, De Paul e Julián Alvarez, está ainda mais azeitada e experiente. Então qual o problema? Embora esteja entre as favoritas, a Argentina enfrentará um tabu: não há um bicampeão seguido desde o Brasil de 1958 e 1962. Se Pelé conseguiu, Messi será capaz de repetir?

AUSTRÁLIA
Histórico em Copas: 7 participações (1974, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (oitavas de final)
do: oitavas de final (2006 e 2022)
Campanha nas eliminatórias: 11 vitórias, 4 empates e 1 derrota
Ranking da Fifa: 26º lugar
Destaque: Connor Metcalfe (meia do St. Pauli)
Técnico: Tony Popovic
Da distante participação em 1974 até a volta às Copas em 2006, a Austrália hoje está em outro patamar – ao menos nas eliminatórias. No ano que vem, o país jogará o sexto Mundial consecutivo, uma prova de força dentro das qualificatórias, mas que ainda não se mostrou na hora H. Liderados pelo técnico Tony Popovic, os australianos não fazem ideia de qual grupo estarão, mas cruzarão o mundo em busca de uma participação histórica. A campanha passada acabou nas oitavas de final, ao cruzar com a Argentina. Que o sorteio seja mais misericordioso dessa vez.

ÁUSTRIA
Histórico em Copas: 9 participações (1934, 1938, 1954, 1958, 1978, 1982, 1990, 1998 e 2026)
Última participação: 1998 (fase de grupos)
Melhor resultado: Terceiro lugar (1954)
Campanha nas eliminatórias: 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Ranking da Fifa: 24º lugar
Destaque: Konrad Laimer (lateral do Bayern de Munique)
Técnico: Ralf Rangnick
Fora de uma Copa do Mundo desde 1998, quando perdeu a briga com o Chile por uma vaga nas oitavas de final, a Áustria fez o dever de casa – que nem era dos mais difíceis – para garantir presença agora. Superou Bósnia, Romênia, Chipre e San Marino, mas com uma campanha superior às de potências como Alemanha, França e Portugal. Em campo, destaques para o lateral Laimer (Bayern), o zagueiro Danso (Tottenham) e também os veteranos Sabitzer (Borussia Dortmund) e Alaba (Real Madrid), todos dirigidos por Ralf Rangnick, cabeça do projeto da Red Bull na Europa e que passou discretamente pelo Manchester United.

BÉLGICA
Histórico em Copas: 15 participações (1930, 1934, 1938, 1954, 1970, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022
Melhor resultado: Terceiro lugar (2018)
Campanha nas eliminatórias: 5 vitórias e 3 empates
Ranking da Fifa: 8º lugar
Destaque: Kevin de Bruyne (meia do Napoli)
Técnico: Rudi Garcia
A incrível geração queinou a seleção brasileira na Copa de 2018 praticamente não existe mais. Os que sobraram, como o goleiro Courtois, o meia De Bruyne e o atacante Lukaku, são veteranos e sequer têm presença garantida graças ao histórico de lesões. Mesmo assim, a Bélgica segue como uma força em ascensão. É a 8ª colocada no ranking da Fifa, disputará o Mundial pela quarta vez consecutiva e passou como um trator pelas eliminatórias. O técnico é Rudi Garcia, experiente no âmbito de clubes e que tentará colocar os Diabos Vermelhos entre as surpresas na América do Norte. Se os veteranos ainda inspiram dúvidas, Jéremy Doku, atacante do Manchester City, surge como grande nome para o futuro.

BRASIL
Histórico em Copas: 23 participações (1930, 1934, 1938, 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (quartas de final)
Melhor resultado: Campeão (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias, 4 empates e 6 derrotas
Ranking da Fifa: 5º lugar
Destaque: Vinicius Jr. (atacante do Real Madrid)
Técnico: Carlo Ancelotti
A única camisa pentacampeã do mundo e que jamais ficou fora de uma Copa chega bem mais desacreditada do que em outras vezes. Se o time de Tite viajou como um dos favoritos em 2018 e 2022, para voltar à casa mais cedo após cair nas quartas de final, o atual enfrentou um ciclo tumultuado e cheio de problemas, com três técnicos brasileiros (Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior) até a chegada de Carlo Ancelotti. O italiano multivencedor chegou há pouco, resgatou figuras como Casemiro e deu uma cara à seleção em meio às dúvidas sobre o aproveitamento de Neymar. Talento, história e experiência não faltam, mas Carletto será suficiente para colocar nos trilhos uma equipe prestes a completar 24 anos sem ganhar o Mundial?

CABO VERDE
Histórico em Copas: 1 participação (2026)
Última participação: nunca participou
Melhor resultado: nunca participou
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota
Ranking da Fifa: 68º lugar
Destaque: Dailon Livramento (atacante do Casa Pia)
Técnico: Bubista
Na onda de estreantes da Copa do Mundo, Cabo Verde garantiu uma vaga história e com direito a uma trajetória impecável. Sofreu apenas uma derrota em dez rodadas e garantiu a ponta de um grupo com Camarões e Angola, ambos com experiência em Mundiais. Os africanos, agora, se tornam a segunda nação menos populosa a jogar o torneio, acima apenas da Islândia, em 2018. A trajetória é digna de aplausos, agora a meta é tentar levar um pouco dessa motivação para o torneio. Sonhar com uma classificação ao mata-mata é válido, mas a meta é ter mais pés no chão e buscar, quem sabe, um ponto nos três jogos que fará.

CANADÁ
Histórico em Copas: 3 participações (1986, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (1986 e 2022)
Campanha nas eliminatórias: não participou (país-sede)
Ranking da Fifa: 27º lugar
Destaque: Alphonso Davies (lateral do Bayern de Munique)
Técnico: Jesse Marsch
Fora das eliminatórias por ser um dos anfitriões do torneio, o Canadá vai para sua terceira participação em Copa do Mundo confiante em fazer história. As duas campanhas anteriores, 1986 e 2022, acabaram na fase de grupos, então o sonho é chegar ao mata-mata. Para isso, Jesse March conta com a experiência de jogadores como o lateral Davies (Bayern de Munique) e o atacante David (Juventus), principais nomes da geração. Não ter disputado as eliminatórias pode ser encarado como um problema, mas a seleção aposta também no fator casa, pois jogará a fase de grupos em Toronto e Vancouver. Será pouco para superar o histórico de seis derrotas em seis jogos em Copas?

COLÔMBIA
Histórico em Copas: 7 participações (1962, 1990, 1994, 1998, 2014, 2018 e 2026)
Última participação: 2018 (oitavas de final)
Melhor resultado: 2014 (quartas de final)
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias, 7 empates e 4 derrotas
Ranking da Fifa: 13º lugar
Destaque: Luis Díaz (atacante do Bayern de Munique)
Técnico: Néstor Lorenzo
Surpresa pela ausência em 2022, a Colômbia fez uma forte e consistente campanha nas eliminatórias e se classificou em 3º lugar, acima de Uruguai e Brasil nos critérios de desempate. Em campo, o time regido pelo polêmico James Rodríguez tem em Luis Díaz, agora jogador do Bayern, a principal figura para sonhar com uma campanha positiva na América do Norte (sem contar Richard Ríos, ex-Palmeiras e agora no Benfica, e Jhon Arias, ex-Fluminense e do Wolverhampton). É candidata à surpresa, mas vai depender do chaveamento da fase de grupos para descobrir até onde pode chegar – no Brasil, em 2014, só parou nas quartas.

COREIA DO SUL
Histórico em Copas: 12 participações (1954, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (oitavas de final)
Melhor resultado: 4º lugar (2002)
Campanha nas eliminatórias: 11 vitórias e 5 empates
Ranking da Fifa: 22º lugar
Destaque: Heung-min Son (atacante do LAFC)
Técnico: Hong Myung-bo
De volta para as mãos de Hong Myung-bo, ex-zagueiro e participante da melhor campanha do país na história das Copas, em 2002, a Coreia do Sul chega para o Mundial de Canadá, Estados Unidos e México embalada por uma campanha invicta nas eliminatórias. Ainda assim, é pouco para acreditar em sucesso no ano que vem. Os sul-coreanos disputam ininterruptamente a Copa desde 1986, mas só brilharam de fato quando sediaram o torneio. No restante, brigam por vaga no mata-mata e caem cedo, como aconteceu na última, com 4 a 1 para o Brasil de Neymar e Tite. Difícil acreditar que isso não se repita agora.

COSTA DO MARFIM
Histórico em Copas: 4 participações (2006, 2010, 2014 e 2026)
Última participação: 2014 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (2006, 2010 e 2014)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias e 2 empates
Ranking da Fifa: 42º lugar
Destaque: Amad Diallo (atacante do Manchester United)
Técnico: Emerse Fae
A Costa do Marfim foi, por tempos, uma das principais seleções da África, graças a uma geração liderada tecnicamente por Yaya Touré e Didier Drogba. Acontece que, desde a saída de ambos, o país não disputou mais a Copa do Mundo. A campanha deste ano, invicta, acabou com essa escrita. O próximo passo da geração é encerrar outra situação: a de nunca passar da fase de grupos. As participações anteriores, em 2006, 2010 e 2014, acabaram precocemente, o que os marfinenses pretendem não repetir na América do Norte.

CROÁCIA
Histórico em Copas: 7 participações (1998, 2002, 2006, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (3º lugar)
Melhor resultado: vice-campeã (2018)
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias e 1 empate
Ranking da Fifa: 10º lugar
Destaque: Andrej Kramaric (atacante do Hoffenheim)
Técnico: Zlatko Dalic
Uma seleção com campanhas muito sólidas e que sabe o caminho das pedras nas Copas. A Croácia pode até ter entrado neste “mundo” atrasada, mas desde então virou personagem importante. Semifinalista em 1998, a equipe de Luka Modric foi vice em 2018, para a França de Mbappé, e faturou o 4º lugar no Mundial passado, quando passou pelo Brasil e só parou na Argentina, de Lionel Messi. Modric segue em atividade, aos 40 anos, e carrega a esperança de mais uma história bonita a ser escrita nas páginas das Copas. Se alguém duvida, não conhece o que esse país é capaz.

CURAÇAO
Histórico em Copas: 1 participação (2026)
Última participação: estreante
Melhor resultado: estreante
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias e 3 empates
Ranking da Fifa: 82º lugar
Destaque: Tahith Chong (meia do Sheffield United)
Técnico: Dick Advocaat
Comandados pelo veterano Dick Advocaat, que já trabalhou em seleções como Holanda, Bélgica, Coreia do Sul e Rússia, a modesta seleção caribenha fez bonito e avançou invicta pelas eliminatórias. Aproveitou a ausência de três potências na disputa (Canadá, Estados Unidos e México, classificados como países-sede), enfileirou bons resultados e carimbou o passaporte para a primeira Copa de sua história. O time, claro, não tem nenhuma estrela, mas conta com uma base com experiência na Europa, como o zagueiro Armando Obispo (PSV), o ala Sontje Hansen (Middlesbrough) e o meia Tahith Chong (Sheffield United).

EGITO
Histórico em Copas: 4 participações (1934, 1990, 2018 e 2026)
Última participação: 2018 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (1934, 1990 e 2018)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias e 2 empates
Ranking da Fifa: 34º lugar
Destaque: Mohamed Salah (atacante do Liverpool)
Técnico: Hossam Hassan
Uma seleção com estrelas espalhadas em alguns dos clubes mais importantes do mundo, mas que nunca conseguiu mostrar todo seu potencial em uma Copa. Este é o Egito, liderado por Mohamed Salah (estrela do Liverpool) e Omar Marmoush (atacante do Manchester City) e que volta a um Mundial depois da curta experiência de 2018. Potência quando o assunto é a África, a equipe egípcia vai para seu quarto Mundial ainda sem vencer nenhum dos sete jogos que disputou no torneio. Impossível sonhar em algo a mais antes de acabar com essa sina.

EQUADOR
Histórico em Copas: 5 participações (2002, 2006, 2014, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: Oitavas de final (2006)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias, 8 empates e 2 derrotas
Ranking da Fifa: 23º lugar
Destaque: Moises Caicedo (volante do Chelsea)
Técnico: Sebastian Beccacece
As eliminatórias sul-americanas são fáceis se você é Argentina ou Brasil. No caso do Equador, nem sempre é simples garantir uma vaga na Copa do Mundo, mas desta vez foi. Com apenas duas derrotas em 18 rodadas, os equatorianos fizeram a segunda melhor campanha, o que os deixa esperançosos em um bom papel em 2026. A meta é clara: jogar a fase final, que no próximo ano terá uma fase extra, e quem sabe repetir a trajetória de 2006, quando foi até as oitavas. A missão é de Sebastian Beccacece, antigo auxiliar de Jorge Sampaoli, constantemente alvo de equipes do Brasil e que faz um trabalho elogiável no país. Em campo, destaque para Moises Caicedo, volante que custou 133 milhões de euros ao Chelsea em 2023.

ESCÓCIA
Histórico em Copas: 9 participações (1954, 1958, 1974, 1978, 1982,1986, 1990, 1998 e 2026)
Última participação: 1998 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (1954, 1958, 1974, 1978, 1982,1986, 1990 e 1998)
Campanha nas eliminatórias: 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Ranking da Fifa: 36º lugar
Destaque: Scott McTominay (meia do Napoli)
Técnico: Steve Clarke
Adversária do Brasil na abertura da Copa de 1998, quando um gol contra decidiu a vitória suada do time de Zagallo, a Escócia não sabe o que é disputar uma Copa do Mundo justamente desde aqu participação. As derrotas ficaram para trás em uma campanha com quatro vitórias em seis rodadas nas eliminatórias, o que garantiu a liderança de uma chave com Dinamarca, Grécia e Belarus. A geração do lateral Robertson e do meia McTominay, que brilham há tempos na Europa, quer dar um passo a mais e continuar o conto de fadas.

ESPANHA
Histórico em Copas: 17 participações (1934, 1950, 1962, 1966, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (oitavas de final)
Melhor resultado: Campeã (2010)
Campanha nas eliminatórias: 5 vitórias e 1 empate
Ranking da Fifa: 1º lugar
Destaque: Lamine Yamal (atacante do Barcelona)
Técnico: Luis de la Fuente
Para muitos a melhor seleção do mundo na atualidade. É este o tamanho da pressão que a Espanha carrega antes da definição dos grupos da Copa. Um time que não perde no tempo normal desde meados de 2024, que venceu a última edição da Eurocopa e só perdeu a Nations League nos pênaltis para Portugal de Cristiano Ronaldo. Luis de la Fuente, técnico responsável pela Fúria, tem em mãos uma geração absurdamente talentosa, que vai de nomes experientes como Rodri, do Manchester City, até jovens de imenso futuro, tal qual Lamine Yamal, novo camisa 10 do Barcelona e para muitos o futuro dono da Bola de Ouro. Ser campeã, como em 2010, é obviamente uma tarefa difícil, mas fica muito mais fácil com um elenco tão talentoso.

ESTADOS UNIDOS
Histórico em Copas: 12 participações (1930, 1934, 1950, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (oitavas de final)
Melhor resultado: semifinais (1930)
Campanha nas eliminatórias: não participou (país-sede)
Ranking da Fifa: 14º lugar
Destaque: Christian Pulisic (atacante do Milan)
Técnico: Mauricio Pochettino
Nem sempre é possível esperar muito de quem sedia uma Copa do Mundo. Os exemplos recentes de Rússia (2018) e Qatar (2022) estão aí como prova. Cabe aos Estados Unidos assumir essa responsabilidade – pela segunda vez. Se em 1994 a meta era popularizar o esporte no país, algo que ainda cabe discussão mais de 30 anos depois, agora a seleção carrega a esperança de uma campanha positiva. Em campo, o atacante Pulisic, ex-Chelsea e hoje no Milan, segue como referência técnica. A grande aposta, porém, está no banco: Mauricio Pochettino, ex-zagueiro da seleção argentina e com sólidos trabalhos por Tottenham, PSG e Chelsea, aceitou o desafio de dirigir o país em mais um Mundial em casa. O sorteio dos grupos vai indicar o caminho das pedras.

FRANÇA
Histórico em Copas: 17 participações (1930, 1934, 1938, 1954, 1958, 1966, 1978, 1982, 1986, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022, 2026)
Última participação: 2022 (vice-campeã)
Melhor resultado: Campeã (1998 e 2018)
Campanha nas eliminatórias: 1º lugar do Grupo D, com 5 vitórias e 1 empate
Ranking da Fifa: 3º lugar
Destaque: Kylian Mbappé (atacante do Real Madrid)
Técnico: Didier Deschamps
É missão das mais ingratas encontrar uma seleção com tantos talentos quanto a França. Os resultados nos últimos anos provam isso. Só em Copas, por exemplo, a equipe liderada por ninguém menos que Mbappé vem de um título, em 2018, e um vice nos pênaltis, em 2022, quando Kolo Muani teve a bola do jogo para garantir o terceiro título. A campanha na Euro 2024 não foi das melhores, mas nada indica que os franceses não brigarão de novo pela taça nos Estados Unidos, no torneio que marca a despedida de Deschamps do comando. Tudo indica que Zinedine Zidane assumirá a equipe. Será que vai herdar uma campeã do mundo?

GANA
Histórico em Copas: 5 participações (2006, 2010, 2014, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: quartas de final (2010)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Ranking da Fifa: 72º lugar
Destaque: Mohammed Kudus (atacante do Tottenham)
Técnico: Otto Addo
Gana será mais uma seleção que vai querer se provar na Copa de 2026. Após morrer na fase de grupos há três anos, em uma campanha com derrotas para Uruguai e Portugal, o time falhou na tentativa se se classificar para a Copa Africana de Nações de 2025. A pressão pela mudança no comando foi grande, mas Otto Addo foi mantido no cargo e conseguiu o mérito de levar o país para o segundo Mundial seguido. Não é o bastante para sonhar alto nos Estados Unidos, México e Canadá, mas o sorteio pode indicar uma trajetória rumo ao mata-mata.

HAITI
Histórico em Copas: 2 participações (1974 e 2026)
Última participação: 1974 (fase de grupos)
Melhor resultado: Fase de grupos (1974)
Campanha nas eliminatórias: 6 vitórias, 3 empates e 1 derrota
Ranking da Fifa: 84º lugar
Destaque: Duckens Nazon (atacante do Esteghlal)
Técnico: Sébastien Migné
Haiti jogou contra todos os prognósticos para voltar a jogar uma Copa do Mundo. Em um grupo com Costa Rica e Honduras, com bem mais experiência internacional, a seleção dirigida pelo francês Sébastien Migné alcançou o improvável e se colocou de novo em um Mundial, o que não acontecia desde o distante 1974. O grande nome da campanha foi o atacante Duckens Nazon, que garantiu pontos cruciais – como o empate por 3 a 3 contra os costarriquenhos – e agora está a cinco gols de se tornar o maior artilheiro da seleção. Será que o recorde virá em 2026?

HOLANDA
Histórico em Copas: 12 participações (1934, 1938, 1974, 1978, 1990, 1994, 1998, 2006, 2010, 2014, 2022, 2026)
Última participação: 2022 (quartas de final)
Melhor resultado: vice-campeã (1974, 1978 e 2010)
Campanha nas eliminatórias: 6 vitórias e 2 empates
Ranking da Fifa: 7º lugar
Destaque: Cody Gakpo (atacante do Liverpool)
Técnico: Ronald Koeman
Tida por muitos como a maior seleção a jamais conquistar uma Copa do Mundo, a Holanda tentará mais uma vez quebrar essa sina que a acompanha desde os tempos de Johan Cruyff. Foram dois vices seguidos na década de 1970, seguidos de eliminações para o Brasil nos anos 1990 até a última final perdida, em 2010, para a Espanha de Xavi e Iniesta. O time atual, nas mão de Ronald Koeman, tem talento suficiente para sonhar: Gakpo, Xavi Simons, De Jong, Reijnders, Gravenberch, Van Dijk e também Memphis Depay, estrela do Corinthians e recentemente empossado como maior artilheiro da Laranja Mecânica. Chegou a hora de buscar o caneco que falta?

INGLATERRA
Histórico em Copas: 17 participações (1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1986, 1990, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (quartas de final)
Melhor resultado: campeã (1966)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias
Ranking da Fifa: 4º lugar
Destaque: Harry Kane (atacante do Bayern de Munique)
Técnico: Thomas Tuchel
É, entre as campeãs do mundo, aquela que carrega o maior peso para o Copa de 2026. O jejum do Uruguai é até maior, mas poucas seleções do planeta podem se gabar de tanta qualidade como a que Thomas Tuchel possui no elenco. Nomes como Rice, Bellingham, Foden, Saka e Kane são apenas alguns que certamente estarão na convocação final e que fazem os ingleses acreditarem que chegou a hora de a sorte virar. Os vices nas Eurocopas de 2020 e 2024 vivem até hoje na memória dos torcedores, que não veem a hora de o futebol, como eles dizem, voltar para casa. A missão está dada.

IRÃ
Histórico em Copas: 7 participações (1978, 1998, 2006, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (1978, 1998, 2006, 2014, 2018 e 2022)
Campanha nas eliminatórias: 11 vitórias, 4 empates e 1 derrota
Ranking da Fifa: 20º lugar
Destaque: Mehdi Taremi (atacante do Olympiacos)
Técnico: Amir Ghalenoei
Uma força continental, mas que ainda não deu as caras no cenário mundial. Este é o Irã, que jogará a quarta Copa do Mundo em seguida (a sétima no geral) atrás de algo além de apenas disputar a fase de grupos. Eliminado nesta etapa em todas as outras participações, o país segue contando com o talento do atacante Taremi, ex-Porto, Inter de Milão e que chegou a ser ventilado como reforço do Botafogo no Brasil. O comando é do ‘general’ Amir Ghalenoei, que só perdeu um dos 16 jogos nas eliminatórias e conta com uma nova geração disposta a fazer história em 2026.

JAPÃO
Histórico em Copas: 8 participações (1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (oitavas de final)
Melhor resultado: oitavas de final (2002, 2010, 2018 e 2022)
Campanha nas eliminatórias: 13 vitórias, 2 empates e 1 derrota
Ranking da Fifa: 18º lugar
Destaque: Ritsu Doan (atacante do Eintracht Frankfurt)
Técnico: Hajime Moriyasu
Os japoneses foram os primeiros garantidos na Copa de 2026, fora, é claro, os três anfitriões Canadá, Estados Unidos e México. Algo absolutamente natural para quem não perde um torneio desde 1998 e que tenta dar um passo além na próxima participação. Uma prova foi dada em 2022, quando passou de fase em um grupo com Espanha e Alemanha. Para 2026, a esperança é repetir atuações como a que machucou o Brasil de Carlo Ancelotti, em amistoso que acabou em virada dos Samurais.

JORDÂNIA
Histórico em Copas: 1 participação (2026)
Última participação: nunca disputou
Melhor resultado: nunca disputou
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
Ranking da Fifa: 66º lugar
Destaque: Yazan Al Naimat (centroavante do Al Arabi)
Técnico: Jamal Sellami
Outra beneficiada pela distribuição de vagas da nova Copa do Mundo, a Jordânia será uma das estreantes no torneio, após passar pelas eliminatórias asiáticas com oito vitórias, cinco empates e apenas três derrotas em 16 partidas. Antes, o mais perto que havia chegado era a repescagem de 2014, quando caiu para o Uruguai. O técnico responsável pelo feito é Jamal Sellami, ex-jogador da seleção de Marrocos, por quem jogou o Mundial de 1998, e capaz de montar uma estratégia que deu segurança defensiva e ofereceu liberdade aos jogadores mais ofensivos. Tudo indica, porém, que a Jordânia brigará pelo posto de pior seleção do torneio.

MARROCOS
Histórico em Copas: 7 participações (1970, 1986, 1994, 1998, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (semifinal)
Melhor resultado: 4º lugar (2022)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias
Ranking da Fifa: 11º lugar
Destaque: Achraf Hakimi (lateral do PSG)
Técnico: Walid Regragui
Talvez nem todos se lembrem, mas o Marrocos foi a grande surpresa da última Copa do Mundo. A vaga nas semifinais, interrompida apenas com derrota para a vice-campeã França, consolidou uma geração que, embora saiba que é difícil, vai tentar repetir as boas memórias em 2026. No comando, está Walid Regragui, técnico que dirige o país desde agosto de 2022. No ciclo pré-Mundial, os marroquinos venceram o Brasil em amistoso, passaram com 100% pelas eliminatórias se candidataram a novamente brilhar, agora na América do Norte. Tudo isso antes de ser uma das sedes do torneio de 2030, em conjunto com Espanha e Portugal.

MÉXICO
Histórico em Copas: 18 participações (1930, 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1978, 1986, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: Quartas de final (1970 e 1986)
Campanha nas eliminatórias: não participou (país-sede)
Ranking da Fifa: 15º lugar
Destaque: Santiago Giménez (atacante do Milan)
Técnico: Javier Aguirre
O México nem precisa entrar em campo para estar na história como o único país a sediar a Copa do Mundo em três oportunidades diferentes (1970, 1986 e agora 2026). Pois é justamente nesse passado que a seleção de Javier Aguirre se inspira. Foi jogando em casa que os mexicanos fizeram suas melhores participações no Mundial, ao alcançar as quartas de final em ambos os anos. A missão para agora, claro, será superar isso, um feito difícil e que começa logo na partida de abertura do torneio, dia 11 de junho. A energia contagiante da torcida, sempre alucinada por futebol, é um trunfo, mas não é suficiente para garantir vida longa no torneio.

NORUEGA
Histórico em Copas: 4 participações (1938, 1994, 1998 e 2026)
Última participação: 1998 (oitavas de final)
Melhor resultado: oitavas de final (1938 e 1998)
Campanha nas eliminatórias: 8 vitórias
Ranking da Fifa: 29º lugar
Destaque: Erling Haaland (centroavante do Manchester City)
Técnico: Stale Solbakken
Talvez nem as maiores seleções do mundo carreguem tanta expectativa para a Copa como a Noruega. Isso mesmo: apesar de esta ser apenas a quarta participação do país no torneio (a primeira desde 1998), a campanha perfeita nas eliminatórias e a presença de Erling Haaland fazem dos noruegueses um time a ser olhado com carinho. É claro que a fase de grupos para destruir um encanto de meses, mas quem passou como quis pelas eliminatórias e tem talento de sobra nunca pode ser descartado. Não, a Noruega não chega como favorita, nem mesmo cabe nas discussões como candidata ao título. Mas pergunte a qualquer técnico do mundo se gostaria de ter um meia como Martin Odegaard, do Arsenal, e um artilheiro letal como Haaland. Quem disser não, está louco.

NOVA ZELÂNDIA
Histórico em Copas: 3 participações (1982, 2010 e 2026)
Última participação: 2010 (fase de grupos)
Melhor resultado: Fase de grupos (1982 e 2010)
Campanha nas eliminatórias: 5 vitórias
Ranking da Fifa: 86º lugar
Destaque: Marko Stamenic (meia do Swansea)
Técnico: Darren Bazeley
Beneficiada pelo aumento do número de participantes na Copa do Mundo, de 32 para 48, a Nova Zelândia abocanhou com extrema facilidade a primeira vaga direta da Oceania na história. O país passeou nas eliminatórias com 100% de aproveitamento, 29 gols marcados e apenas um sofrido, campanha que lhe garantiu como o segundo classificado, atrás apenas do Japão. Tudo isso é maravilhoso, mas, quando a bola rolar em 2026, a tendência é que não faça qualquer diferença. Os neozelandeses sabem que chegarão ao Mundial como zebras e qualquer coisa que aparecer no caminho será lucro.

PANAMÁ
Histórico em Copas: 2 participações (2018 e 2026)
Última participação: 2018
Melhor resultado: fase de grupos (2018)
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias e 3 empates
Ranking da Fifa: 30º lugar
Destaque: Adalberto Carrasquilla (meio-campista do Pumas)
Técnico: Thomas Christiansen
De poucos nomes conhecidos mundialmente (apenas o lateral Amir Murillo joga em um grande centro da Europa, no Olympique de Marselha), o pequeno país de 4,5 milhões de habitantes volta a uma Copa do Mundo após estrear sem brilho em 2018. O time de Thomas Christiansen avançou de forma invicta nas eliminatórias e carimbou a vaga com vitória por 3 a 0 sobre El Salvador, na Data Fifa de novembro. A meta é tentar brigar pela classificação ao mata-mata e consolidar uma ascensão do futebol do país, que nos últimos anos alcançou as quartas de final da Copa América em 2024 e, antes, foi vice-campeão da Copa Ouro em 2023.

PARAGUAI
Histórico em Copas: 9 participações (1930, 1950, 1958, 1986, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2026)
Última participação: 2010 (quartas de final)
Melhor resultado: Quartas de final (2010)
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias, 7 empates e 4 derrotas
Ranking da Fifa: 39º lugar
Destaque: Ramón Sosa (atacante do Palmeiras)
Técnico: Gustavo Alfaro
Coube aos paraguaios a última vaga direta da América do Sul na Copa de 2026. Um alento para o país, que não chegava tão longe desde 2010, na África do Sul. Mas, embora Gustavo Alfaro tenha em mãos um time batalhador e jovem, soa improvável repetir a campanha daquele ano, quando o país foi até as quartas de final. O sonho é fazer o possível para superar a fase de grupos e chegar ao mata-mata, quando o sorteio indicará o caminho. A seleção conta com nomes conhecidos do público brasileiro, como os zagueiros Gustavo Gómez e Junior Alonso, o volante Damián Bobadilla e o atacante Ramón Sosa.

PORTUGAL
Histórico em Copas: 9 participações (1966, 1986, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (quartas de final)
Melhor resultado: Terceiro lugar (1966)
Campanha nas eliminatórias: 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota
Ranking da Fifa: 6º lugar
Destaque: Cristiano Ronaldo (atacante do Al Nassr)
Técnico: Roberto Martínez
Um exemplo clássico de quem mudou de patamar a partir da chegada de uma lenda, Antes de Cristiano Ronaldo pisar em um campo de futebol como profissional, Portugal havia disputado somente três Copas. De lá para cá, são seis participações consecutivas, quase todas às custas do lendário artilheiro. Só que não é apenas do craque, em busca do milésimo gol, que vivem os lusos. Uma geração com Bruno Fernandes, Rafael Leão, Bernardo Silva, Vitinha, Nuno Mendes, Rúben Dias e tantos outros destaques faz Portugal entrar, se não como favorito, como um candidato a fazer um grande Mundial e ir além da barreira das quartas de final. Talento não falta. História, ao menos recente, também não.

QATAR
Histórico em Copas: 2 participações (2022 e 2026)
Última participação: 2022 (fase de grupos)
Melhor resultado: fase de grupos (2022)
Campanha nas eliminatórias: 10 vitórias, 3 empates e 5 derrotas
Ranking da Fifa: 51º lugar
Destaque: Akram Afif (atacante do Al Sadd)
Técnico: Julen Lopetegui
Sede da Copa de 2022, quando sonhou em fazer mais do que simplesmente morrer na fase de grupos com três derrotas, o Qatar marca presença novamente em uma Copa, apesar de ter oscilado ao longo da campanha nas eliminatórias. O time permanece sem tantos destaques individuais, então o grande nome é o técnico espanhol Julen Lopetegui, que terá, enfim, a chance de dirigir uma seleção em um Mundial. Na edição passada, ele era o treinador da Espanha, até o contrato assinado com o Real Madrid vazar e ele ser demitido pela federação local.

SENEGAL
Histórico em Copas: 4 participações (2002, 2018, 2022 e 2026)
Última participação: 2022 (oitavas de final)
Melhor resultado: quartas de final (2002)
Campanha nas eliminatórias: 7 vitórias e 3 empates
Ranking da Fifa: 19º lugar
Destaque: Sadio Mané (atacante do Al Nassr)
Técnico: Pape Thiaw
Será a quarta participação dos senegalenses em Copas, todas no atual século. A melhor ainda continua a primeira, quando o time do atacante Cissé surpreendeu o mundo ao derrotar a França na estreia e avançar até as quartas de final. Em 2022, a vaga no mata-mata também apareceu, mas uma derrota por 3 a 0 para a Inglaterra enterrou o sonho de repetir o passado. Para 2026, a esperança segue nos pés de Sadio Mané, estrela do Liverpool campeão de tudo nas mãos de Jürgen Klopp e hoje companheiro de Cristiano Ronaldo na Arábia. É um time forte, que chegou a emendar 26 partidas seguidas sem perder até cair para o Brasil, em amistoso disputado em novembro.


