A empresa de Jadson Maciel fatura R$ 12 mil por mês vendendo plástico retirado de rios do Amazonas. Maciel é um ex-manobrista que decidiu empreender depois de trabalhar por anos na iniciativa privada.
Inicialmente, Maciel investiu o dinheiro da rescisão em uma empresa de aluguel de pranchas de stand up paddle. Em paralelo, o empresário começou a organizar ações ambientais no rio Tarumã, afluente do Rio Negro.
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Durante os passeios stand up paddle, Jadson começou a ficar incomodado com a grande quantidade de lixo nas águas e decidiu agir.
Jadson deu início às ações para retirada do lixo dos rios em 2016. Desde então, as ações ganharam corpo, a iniciativa virou empresa e já recebeu mais de R$ 2 milhões em aportes.
A história de Jadson foi contada pelo programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da TV Globo, nesta sexta-feira, 20.
Jadson vende o plástico para usinas e empresas do setor público
Atualmente, a empresa Awty opera nos rios com duas embarcações desenvolvidas especialmente para recolher resíduos plásticos. O empresário resolveu batizar as embarcações com os nomes de duas lendas amazônicas: Iara e Mapinguari.
Jadson envia o plástico coletado para processamento em uma usina de reciclagem. O material é limpo, triturado e seco.
Depois de processado, o lixo vira um polímero reciclado. É esse material que interessa à indústria, responsável por transformar o que antes era lixo em sacolas, móveis, paletes e até compensados.
Além de vender para fábricas locais, Jadson negocia com prefeituras e outras empresas do setor público.
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“Queremos mostrar que plástico reciclado tem valor”, disse o empresário em entrevista à TV Globo. “Ele não é lixo, é matéria-prima.”
O empresário diz que a empresa não é só negócio que busca o lucro, mas também tem como missão o resgate dos recursos naturais. A ideia é ampliar a empresa e levar o projeto para outros estados do país.