Empresário preso por homicídio em Belo Horizonte possui registros de ocorrências desde 2003, incluindo agressões a companheiras e acidente com morte na capital fluminense
Publicado: 14/08/2025, 10:43

O pedido da defesa para o relaxamento da prisão foi negado pela Justiça –
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, já possuía registros policiais anteriores no Rio de Janeiro por violência doméstica e atropelamento com vítima fatal.
Em 2003, uma companheira registrou queixa contra Renê por agressão. O caso foi encaminhado ao Jecrim (Juizado Especial Criminal). Anos depois, ele foi acusado de agredir a noiva durante uma tentativa de reconciliação, episódio no qual a vítima relatou ter sido “mordida nas costas”.
Já em 2011, Renê se envolveu em um atropelamento de uma mulher de 50 anos que atravessava a rua, no Posto 11 do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da capital fluminense. Segundo o registro policial, o veículo estava em alta velocidade. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em 2021, Renê foi denunciado novamente por violência doméstica, após a ex-companheira denunciar lesões corporais durante o processo de divórcio.
O crime contra Laudemir ocorreu na segunda-feira (11), durante o expediente de coleta de resíduos. Segundo testemunhas, após uma discussão de trânsito, o empresário desceu armado e atirou contra o gari, atingindo-o nas costelas. A vítima foi socorrida, mas não resistiu.
Renê foi localizado horas depois em uma academia e autuado por ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A Polícia Civil apura se a arma utilizada no crime pertencia à esposa dele, que é delegada em Minas.
O pedido da defesa para o relaxamento da prisão foi negado pela Justiça, que converteu a prisão em flagrante para preventiva.
Em trecho da decisão proferida pelo juiz Leonardo Damasceno, da Central de Audiência de Custódia de Minas Gerais, os argumentos da defesa não foram acolhidos. O magistrado destacou que “o autuado demonstrou um total descontrole emocional e uma perigosa predisposição para o uso de violência letal como primeira resposta a contrariedades do cotidiano”.
Informações: CNN