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Tarifa sobre café solúvel contrasta com progresso da negociação, diz Abics

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) disse, em comunicado nesta sexta-feira (21), lamentar que o café solúvel brasileiro tenha sido mantido na lista de produtos sujeitos à taxa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos em agosto deste ano.

Na quinta-feira (20), o presidente norte-americano Donald Trump anunciou a isenção da tarifa de 40% para produtos agrícolas do Brasil. “Celebramos a reversão das tarifas; as taxas sobre o café solúvel contrastam com o progresso geral nas negociações bilaterais e representam um desafio contínuo para o setor”, disse a Abics, em nota.

A associação destacou que celebra a reversão das tarifas para outras categorias agrícolas, mas a manutenção da tarifa sobre o café solúvel segue afetando o setor de forma “severa”.

“Os embarques de café solúvel do Brasil para os EUA sofreram uma redução de mais de 52% em volume desde agosto”, disse a Abics na nota.

Além disso, a entidade reforçou que as taxas inviabilizam a competitividade do produto brasileiro, favorecendo outras origens. “O mercado americano representa cerca de 20% do volume total das exportações brasileiras de solúvel, gerando receitas anuais de aproximadamente US$ 200 milhões. Agora, pela primeira vez, a Rússia assume a posição de principal destino do produto brasileiro.”

A Abics ainda chamou atenção para o risco iminente de que o café solúvel brasileiro seja permanentemente substituído por produtos de outros destinos nas prateleiras dos supermercados americanos. “Uma vez perdida essa fatia de mercado e a lealdade do consumidor, a recuperação futura será uma missão extremamente difícil, com perdas duradouras para toda a cadeia produtiva nacional”, afirmou.

A entidade disse que seguirá mobilizada para buscar a isenção completa do café solúvel.

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