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“Tchau, querida!” | Opinião | Thiago Manzoni

  • tibagionline
  • 24/06/2025

Thiago Manzoni – 18/06/2025 11h22

Câmara em sessão especial para o Impeachment de Dilma Rousseff (2016) Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

Se você tinha mais de 12 anos em 2016, certamente se lembra de um telefonema marcante entre um ex-presidente da República e sua sucessora e, à época, atual ocupante do Palácio do Planalto.

Dilma: “Alô.”
Lula: “Alô.”
Dilma: “Lula, deixa eu te falar uma coisa.”
Lula: “Fala, querida. Ahn?”
Dilma: “Seguinte, eu tô mandando o ‘Bessias’ junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!”
Lula: “Uhum. Tá bom, tá bom.”
Dilma: “Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.”
Lula: “Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.”
Dilma: “Tá?!”
Lula: “Tá bom.”
Dilma: “Tchau.”
Lula: “Tchau, querida.”

O áudio do telefonema veio a público. Era o final da tarde de um dia de semana. Saí do meu escritório de advocacia e, movido pela indignação de ver a tentativa de “proteger” o ex-presidente, que todos sabíamos ser um ladrão (hoje não se pode chamá-lo de ladrão, mesmo após ele ter sido condenado por dez juízes diferentes em três instâncias de julgamento, mas naquela época podia), da cadeia com um termo de posse do cargo de ministro, fui sozinho para a Praça dos Três Poderes.

Quando cheguei lá, encontrei outras milhares de pessoas (dez mil, talvez). Quase todos saíram do trabalho e foram. Não havia líderes, não havia convocação, não havia carro de som, não havia organização. Tudo o que tínhamos era indignação com o presente e esperança no futuro.

Manifestações como aquela aconteciam no Brasil inteiro. Quase todos os dias. Era tudo espontâneo e nascia do povo. Os refrões que cantávamos – a maioria impublicável – exaltavam os mocinhos e hostilizavam os bandidos. Nós não tínhamos partido político e tampouco pertencíamos a um movimento político; o que carregávamos era mais forte que as forças políticas e que o sistema político: nós queríamos justiça!

“Tchau, querida” tornou-se uma das frases mais faladas até o impeachment da Dilma. Muitos dos responsáveis pelo Petrolão foram presos. O povo fez valer sua vontade, fez valer pelas ruas de todo o país. Vestindo verde e amarelo em manifestações pacíficas, uma após a outra, com crianças, jovens, adultos e idosos. Famílias inteiras lutando por justiça no Brasil.

Quase dez anos depois, tudo mudou. Os que eram bandidos, não são mais. Estão soltos e no poder. As provas contra eles foram anuladas. O passado deles foi apagado por decisões judiciais (embora ainda haja aqueles que, como eu, lembram).

Do outro lado, há centenas de pessoas presas injustamente e o maior líder político da nossa história recente será julgado com base em uma delação, em que o delator mudou sua versão dos fatos várias vezes e foi pego trocando mensagens nas quais inocentava privadamente àqueles a quem denunciava em Juízo.

A revista Veja descobriu e publicou. “ELE MENTIU”, dizia a capa com a foto do delator. Fosse em 2016, as ruas estariam lotadas. Gente no Brasil todo clamando por justiça. CLAMANDO POR JUSTIÇA.

Mas é 2025. As ruas continuaram vazias. O povo, de quem emana todo poder, não está nas ruas. A indignação parece ter dado lugar ao medo e a esperança parece ter se convertido em frustração.

Eu iria de novo. Iria agora. Com ou sem convocação. Iria pelo meu país, pelo futuro dos meus filhos, por justiça.

Ah! Eu iria também pelo cara que enfrentou o sistema: Bolsonaro.

Thiago Manzoni é deputado distrital, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Secretário-Geral do Partido Liberal/DF.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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