
O Ministério da Pesca e Aquicultura solicitou informações adicionais ao Ministério do Meio Ambiente após a inclusão de espécies de interesse comercial, como a tilápia, na lista oficial de espécies exóticas invasoras. A decisão acendeu um alerta no setor produtivo, que teme impactos diretos no setor.
Em nota divulgada no sábado, a pasta destacou que as espécies listadas representam cerca de 90% da produção da aquicultura brasileira, com valor estimado em R$ 9,6 bilhões ao ano. O principal receio do setor é que a classificação impeça o licenciamento ambiental para a criação dessas espécies, comprometendo a continuidade das operações.
Diante do cenário, o Ministério da Pesca convocou uma reunião com o Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape), órgão que reúne representantes da sociedade civil, produtores e pesquisadores, para discutir os possíveis impactos da medida.
A pasta acrescentou que está coordenando uma revisão criteriosa das fichas de avaliação das espécies, com o objetivo de subsidiar as decisões do Conselho Nacional da Biodiversidade (Conabio) e garantir que os critérios adotados considerem os aspectos produtivos e ambientais de forma equilibrada.


