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tráfico bate recorde com avanço de cultivo próximo ao Brasil

Em 2023, o tráfico de cocaína superou todos os registros anteriores, resultado principalmente do crescimento das plantações ilegais na Colômbia. Também contribui para esse recorde a elevação do número de usuários, especialmente na Europa e na América. Os números são do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

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O volume total de cocaína produzida globalmente chegou a quase 4 mil toneladas em 2023 — cifra 34% maior que a de 2022 e dez vezes superior ao registrado há uma década. 

O aumento foi impulsionado sobretudo pela expansão das áreas dedicadas ao cultivo de coca na Colômbia, enquanto a Bolívia manteve sua área estável. O Peru, por sua vez, apresentou leve redução.

A expansão da criminalidade por causa do tráfico de cocaína

Outro documento do UNODC, divulgado em outubro de 2024, revelou que a Colômbia produziu 2,6 mil toneladas de cocaína em 2023. O número representa uma alta de 53% ante o ano anterior.

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O crescimento se concentrou principalmente no sudoeste colombiano, onde atuam guerrilheiros dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc.

Também contribui para esse recorde a elevação do número de usuários, especialmente na Europa e na América | Foto: Gpointstudio/FreepikTambém contribui para esse recorde a elevação do número de usuários, especialmente na Europa e na América | Foto: Gpointstudio/Freepik
Também contribui para esse recorde a elevação do número de usuários, especialmente na Europa e na América | Foto: Gpointstudio/Freepik

“A produção, as apreensões e o uso de cocaína atingiram novos recordes em 2023, tornando o entorpecente o mercado de drogas ilícitas de crescimento mais rápido do mundo”, afirmou a UNODC. “Além disso, traficantes têm ampliado operações para Ásia e África, enquanto organizações criminosas dos Bálcãs Ocidentais expandem influência na Europa Ocidental.”

No mesmo período, as apreensões mundiais de cocaína somaram 2,2 mil toneladas, 68% acima do registrado nos quatro anos anteriores. O número de usuários atingiu 25 milhões, contra 17 milhões dez anos antes. 

“América do Norte, Europa Ocidental, Central e América do Sul seguem como os principais mercados da droga”, aponta o relatório, que analisou inclusive resíduos em águas urbanas.

No continente americano, por exemplo, o tráfico de cocaína entre grupos criminosos permanece intenso. Isso se reflete em episódios de violência crescente, como o aumento das taxas de homicídio no Equador, que saltaram de 7,8 para 45,7 por 100 mil habitantes de 2020 a 2023.

As drogas sintéticas

O tráfico de drogas sintéticas também mostra avanço, impulsionado por custos reduzidos de produção e baixo risco de detecção. Os estimulantes do tipo anfetamina lideraram as apreensões em 2023. Isso representa quase metade do total de interceptações globais de drogas sintéticas, seguido pelos opióides, como o fentanil.

A instabilidade política na Síria, com a saída de Bashar al-Assad do poder em dezembro do ano passado, pode impactar a produção do captagon, estimulante sintético cuja fabricação cresceu sob seu regime. 

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Neste mês, o governo interino sírio informou ter fechado todas as instalações produtoras da droga. O UNODC relatou que os dados mais recentes sobre mercadorias apreendidas, referentes a 2024 e 2025, confirmam que o captagon continua em circulação, principalmente em países da Península Arábica.

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