Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, realiza o mais agressivo ataque mundial a um clássico aliado dos EUA, o Brasil. Esse ataque tem cinco focos de “fogo”: ideológico político; comercial; estratégia geopolítica; protecionista do seu agro; e, obviamente, “egológico”.
Sobre o ponto que pega no nosso agronegócio, sem dúvida que o desenvolvimento surpreendente para o próprio Estados Unidos do crescimento do agro tropical brasileiro nos últimos 50 anos incomoda. Assusta e 12% da carne bovina brasileira vai para os Estados Unidos, os cortes “dianteiros” maravilhosos para a indústria frigorífica dos Estados Unidos produzirem espetaculares hambúrgueres, usufruindo de um fornecedor de qualidade assegurada, e com 20% a menos de custos. E criamos aqui o “boi China”.
Ultrapassamos os Estados Unidos na soja, e iremos “explodir”, no bom sentido, no milho com etanol no biocombustível, onde devemos comemorar agosto como o mês onde estamos aumentando a mistura do etanol na gasolina de 27% para 30% e o biodiesel no diesel de 14% para 15%. Parabéns.
No setor da cana-de-açúcar, além do açúcar, agora desejado por Trump na fórmula da Coca Cola, do etanol e do biometano, da cogeração elétrica e dos desenvolvimentos inovadores e genéticos como podemos constatar das pesquisas do CTC. Ganhamos no algodão.
No café, onde para cada US$ 1 os Estados Unidos agregam US$ 43, substituir o café brasileiro com qualidade e originação única, sem dúvida, trará o setor industrial, de serviços, das cafeterias americanas e na exportação para o mundo contrários a essa descomunal e insana tarifa.
Portanto qual o motivo além da “egolatria” própria para esse ataque, o pior do mundo feito ao Brasil? Ideológico? Muito além disso, essa farra de “bullyings” nesse instante significa desviar atenção, colocar foco num país 15 vezes menor na sua economia comparada aos Estados Unidos, porém o único com potência agroalimentar, energética e líder agroambiental do planeta terra. O único país que pode triplicar de tamanho com seu talento técnico científico, cooperativista e empreendedor no sucesso na faixa do cinturão tropical do mundo entre os trópicos de Câncer e Capricórnio.
Não tenha medo do Brasil, Mr. Trump. Somos amigos, assim como na Segunda Guerra Mundial. Walt Disney esteve no Brasil em 1941 e criou um personagem para o cinema, no filme “Alô amigos”: o Zé Carioca, um grande aliado e amigo do Donald, “o pato”. Então: “Donald, why are you doing this to me? We are friends!”.
Do A do abacate ao Z do zebu, Brasil a potência tropical mundial acima de “Trump’s”.


*José Luiz Tejon é jornalista e publicitário, doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai e mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
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