O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou nesta quinta-feira, 7, a entrada em vigor de novas tarifas sobre produtos de 94 países, incluindo os 27 membros da União Europeia e outras 67 nações. A medida integra a estratégia do governo norte-americano para pressionar parceiros comerciais e ampliar a arrecadação alfandegária.
“É meia-noite!!!”, escreveu Trump na rede social Truth Social. “Bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América.”
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Com a nova rodada de impostos, todos os itens vindos dos países afetados passaram a ser taxados com valores adicionais ao chegar à fronteira norte-americana. Desde abril, as nações listadas já enfrentam uma tarifa-base de 10%.
O novo tarifaço amplia as cobranças de forma seletiva, conforme o decreto assinado por Trump em 31 de julho. Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Índia, que figuram entre as dez maiores economias do mundo, estão entre os alvos principais da nova medida.
O Brasil ficou de fora da nova rodada, mas não escapou do aperto. Desde quarta-feira 6, produtos brasileiros passaram a ser sobretaxados em 50%. A decisão partiu de uma diretriz anterior da Casa Branca e segue em vigor sem prazo anunciado para revisão.


China tenta estender trégua tarifária de Trump
México e China negociam alternativas. O governo mexicano obteve um prazo de 90 dias para adiar a aplicação de uma tarifa de 30%, depois de acordo direto com a Casa Branca.
No caso da China, a escalada tarifária iniciada em abril deu lugar a uma trégua temporária em 12 de maio. O acordo, que expira em 12 de agosto, prevê tarifas de 30% para exportações chinesas e 10% para produtos norte-americanos — redução drástica perante os índices anteriores de 145% e 125%.
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Negociadores chineses e norte-americanos ainda tentam estender a trégua. O temor dos mercados é que, sem um novo entendimento, a guerra comercial entre as duas potências volte a escalar nas próximas semanas, com impacto direto no comércio global.