O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que já começou o processo de transição para assumir a presidência do país em 20 de janeiro, pediu a Vladimir Putin um cessar-fogo imediato na Ucrânia. Ele descreveu esse movimento como parte de suas iniciativas para encerrar o conflito de quase três anos.
Trump escreveu em sua conta no Truth Social que Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia, deseja negociar para encerrar o que chamou de “loucura” da guerra.
Na NBC, o republicano afirmou estar buscando resolver a guerra na Ucrânia. Também considerou reduzir o apoio militar à Ucrânia e retirar os EUA da Otan.
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Quando perguntado sobre contatos com Vladimir Putin, o presidente da Rússia, depois de sua vitória em novembro, Trump evitou dar detalhes, para não comprometer possíveis negociações.
Em Paris, Trump participou de um encontro com os presidente da França e da Ucrânia, durante a celebração da restauração da Catedral de Notre-Dame. Assessores que o acompanharam não demonstraram conhecimento específico sobre a Ucrânia.
Kiev gostaria de fechar um acordo, escreveu Trump no Truth Social. “Deveria haver um cessar-fogo imediato, e as negociações deveriam começar.” Ele mencionou a China como possível mediadora, afirmando conhecer bem Putin e que este seria o momento ideal para agir.
Zelenski chamou suas conversas com Trump de “construtivas”, mas não forneceu detalhes adicionais. “Quando falamos sobre uma paz efetiva com a Rússia, devemos falar, antes de tudo, sobre garantias efetivas de paz. Os ucranianos querem a paz mais do que qualquer outra pessoa. A Rússia trouxe a guerra para nossa terra”, disse ele neste domingo em um post no aplicativo de mensagens Telegram.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, reiterou que a Rússia está aberta ao diálogo com a Ucrânia.
O governo de Joe Biden e apoiadores da Ucrânia evitam pressionar por uma trégua imediata, temendo que um acordo rápido resulte em concessões prejudiciais à Ucrânia.
Posição dos EUA na Otan
Trump criticou a dependência dos países da Otan dos gastos militares dos EUA, que ele considera injusto. Ele sugeriu que a permanência dos EUA na aliança depende de contribuições financeiras adequadas dos membros.
“Se eles estiverem pagando suas contas e se eu achar que eles estão nos tratando de forma justa, a resposta é absolutamente que eu permaneceria na Otan”, disse o republicano. Mas, caso contrário, ele disse que consideraria a possibilidade de retirar os EUA da aliança.