O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, receberá entre os dias 9 e 11 de julho cinco presidentes de países da África na Casa Branca. Confirmaram presença os presidentes de Guiné-Bissau, Gabão, Mauritânia, Senegal e Libéria.
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Será o primeiro encontro oficial entre Trump e líderes africanos em seu segundo mandato. E o primeiro entre um líder norte-americano e de países africanos desde 2014.
A pauta inclui acordos comerciais, cooperação militar, investimentos em infraestrutura e temas de saúde pública.
A realização da cúpula foi confirmada por fontes da Casa Branca na terça-feira 2, informou a agência Reuters. O governo norte-americano declarou que o objetivo é “aprofundar os laços bilaterais com nações africanas que compartilham valores democráticos e interesses estratégicos”.
Os EUA mantêm parcerias com países africanos em áreas como contraterrorismo e ajuda humanitária. Trump tem priorizado negociações comerciais com foco em mineração, energia e capital privado.
O encontro ocorre em um momento de aumento da atuação de China, Rússia e União Europeia no continente africano.
De acordo com Paul Nantulya, analista do Wilson Center, a presença dos cinco presidentes em Washington tem peso político para o equilíbrio diplomático na região.
EUA, Trump e países da África
Os países convidados mantêm acordos com os EUA. A Libéria tem laços históricos com Washington desde o século 19. O Senegal abriga uma base de drones americana usada em operações no Sahel. A Mauritânia atua com os EUA no controle de rotas migratórias rumo à Europa.
A agenda da cúpula prevê propostas de investimento em setores como energia, telecomunicações e logística. Também devem ser discutidos fornecimento de equipamentos de vigilância, cooperação militar e ações no combate a doenças como malária e HIV.
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O governo americano pretende divulgar, ao final da reunião, uma nova “Iniciativa EUA-África para Prosperidade”, nos moldes do programa lançado com países do Indo-Pacífico em 2018.
O encontro foi agendado para a semana seguinte ao feriado de 4 de julho. Um diplomata ouvido pela emissora Semafor afirmou que Washington quer reforçar sua posição global em um momento de instabilidade na Europa e desaceleração na China.