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‘Trump seria julgado se o caso do Capitólio tivesse sido aqui’

Durante discurso no Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 13, alegou ter falado ao presidente dos EUA, Donald Trump, que, se o episódio da invasão ao Capitólio tivesse ocorrido em território brasileiro, ele também estaria sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu disse ao presidente Trump, que se tivesse acontecido no Brasil o que aconteceu no Capitólio, ele estaria sendo julgado aqui também. Porque aqui, depois da nossa Constituição de 1988, a justiça nesse país tem que ser para todos, para brasileiros e estrangeiros residentes aqui”, justificou Lula.

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Ao criticar a postura norte-americana, Lula disse que não vê justificativa para as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e criticou o tarifaço: “Nesse caso, o que é desagradável é que as razões justificadas para impor sanções ao Brasil não existe (sic)”. 

“Na questão comercial, por exemplo, é inadmissível alguém dizer que tem déficit com o Brasil quando nos últimos 15 anos, o superávit deles foi de U$S 410 bilhões, se colocar bens e serviços”, afirmou. “Não é pouca coisa.”

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O petista alegou que, com essa postura do governo norte-americano, “o que está sendo jogado fora é uma relação de 201 anos de história, Veja que até relevamos o golpe de 1964”.

“Nós nem lembramos o que foi o papel da embaixada americana aqui no Brasil, não lembramos o que foi o papel de navios de guerra dos EUA no nosso mar. Tudo isso não esquecemos, mas não levamos em conta, porque somos da paz”, declarou.

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O presidente disse que o país mantém um Poder Judiciário autônomo, assegurado pela Constituição de 1988, e que não há ingerência do Executivo ou do Legislativo sobre julgamentos em andamento. 

“Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo, porque os nossos amigos americanos, toda vez que resolvem brigar com alguém, resolvem criar uma imagem de demônio contra as pessoas que querem brigar”, afirmou.

Lula também classificou como “injustas” as acusações de violações aos direitos humanos e disse que o Brasil “não tinha nenhuma razão efetiva para ser taxado”. 

“O que estamos fazendo é aquilo que é feito apenas em países democráticos. Julgando alguém com base em provas coletadas e testemunhas, e com total direito de presunção de inocência”, declarou. “Isso é democracia elevada à sua quinta potência.”

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