Em um gesto de liderança em meio a um dos conflitos mais devastadores da atualidade, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que um cessar-fogo na Faixa de Gaza pode ser alcançado já na próxima semana. A declaração foi feita durante cerimônia no Salão Oval na sexta-feira 27.
O líder norte-americano relatou contatos recentes com envolvidos nas negociações e ressaltou a gravidade da crise humanitária na Faixa de Gaza. “Acabei de falar com algumas das pessoas envolvidas”, afirmou Trump.
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“A situação em Gaza é terrível”, prosseguiu o presidente dos Estados Unidos. “E achamos que na próxima semana conseguiremos um cessar-fogo.”
A declaração ocorre em meio a uma das fases mais críticas do conflito. Na quarta-feira 25, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou nove caminhões com suprimentos médicos à região — a primeira entrega do tipo desde março. A carga incluía 2 mil bolsas de sangue e 1.500 unidades de plasma, com o objetivo de aliviar o colapso do sistema de saúde em Gaza.
Trump negocia cessar-fogo depois do fim do conflito entre Israel e Irã
Também na sexta-feira, Trump afirmou que a recente ofensiva norte-americana contra instalações nucleares iranianas marcou o fim do conflito entre Israel e Irã: “Eles lutaram, pararam e agora estão voltando para suas vidas”.
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Com o fim do confronto direto com o Irã, Israel volta a concentrar seus esforços militares na Faixa de Gaza. O tenente-general Eyal Zamir, das Forças de Defesa israelense, afirmou que a missão agora é dupla: resgatar os reféns ainda mantidos pelo Hamas e desmantelar a estrutura de poder do grupo na região.
“Muitos desafios ainda estão por vir”, disse Zamir, em comunicado oficial. Precisamos manter o foco. Não há tempo para descansar sobre os louros.”
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Por outro lado, o Hamas sinalizou abertura para um acordo de cessar-fogo, mas resiste às exigências de desarmamento impostas por Israel. Esse impasse trava as negociações e prolonga o sofrimento da população local, que já enfrenta mais de 20 meses de guerra ininterrupta.
Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, desde o início da escalada, em 7 de outubro de 2023, mais de 55 mil pessoas morreram em Gaza, sendo mais de 17 mil crianças. A expectativa por uma trégua traz alívio momentâneo, mas ainda depende de concessões difíceis entre as partes e da mediação de atores internacionais.