Com ventos que chegaram a 191 km/h, o tufão Podul provocou a evacuação de 5 mil moradores em Taiwan nesta quarta-feira, 13. O fenômeno afetou o sul do país, causando cancelamento de centenas de voos e paralisação de atividades em diversas regiões.
A tempestade atingiu a cidade de Taitung, no sudeste da ilha, por volta das 13h, horário local. Depois, o tufão avançou para a ponta sul de Taiwan e seguiu em direção ao Estreito de Taiwan, conforme informou a Administração Central de Meteorologia local.
Impactos e consequências
O governo confirmou que 33 pessoas sofreram ferimentos e uma está desaparecida devido aos efeitos do Podul. O tufão também deve atingir a costa sul da China entre a noite desta quarta-feira, 13, e a madrugada de quinta-feira, 14, impactando as províncias de Fujian e Guangdong, segundo a emissora estatal CCTV.
Nove municípios e condados taiwaneses, incluindo Kaohsiung e Tainan, suspenderam aulas e atividades laborais. Em Taipé, onde estão os mercados financeiros do país, ventos intensos foram registrados, mas sem maiores prejuízos.
O Ministério dos Transportes informou o cancelamento de 252 voos domésticos e 155 internacionais programados para o dia. A meteorologia espera até 600 mm de chuva nas regiões montanhosas do sul nos próximos dias.
Como surge um tufão?


Os tufões, comuns no Oceano Pacífico Noroeste, se formam quando as condições certas se alinham. O processo começa com o aquecimento das águas superficiais acima de 26 °C, que libera energia para grandes volumes de ar úmido subirem e criar áreas de baixa pressão.
A formação também depende da distância em relação à linha do Equador — geralmente mais de 500 quilômetros — para que a força de Coriolis, causada pela rotação da Terra, induza o giro da tempestade. Outra condição essencial é o baixo cisalhamento do vento, ou seja, a ausência de mudanças bruscas na direção e velocidade dos ventos em diferentes altitudes.
Com pouco cisalhamento de vento, a tempestade ganha estrutura: o ar quente sobe, a pressão no centro cai e o ar ao redor é sugado para dentro, criando o movimento rotatório. Nos casos mais intensos, surgem bandas espirais de chuva e o “olho” central.
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