A entrada de turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália no Brasil caiu no segundo trimestre de 2025. Os dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo mostram que os avanços registrados nos meses anteriores “desapareceram” depois da retomada da exigência de visto para viajantes desses países.
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Essa regra passou a valer em 10 de abril, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mudança foi motivada por um entendimento do governo de que a dispensa de vistos deve ser recíproca.
O ex-presidente Jair Bolsonaro eliminou, durante seu governo, a exigência de forma unilateral, a expectativa era que os países beneficiados fizessem o mesmo. Como isso não aconteceu, Lula restabeleceu a cobrança em maio de 2023.
Segundo dados do governo, o Brasil recebeu 6,7 milhões de turistas estrangeiros em 2024, aumento de 14,6% em relação a 2023. Só os turistas de EUA, Canadá e Austrália somaram 728 mil no ano passado, alta de 8% ante 2022.
Exigência de visto afeta tendência de alta no turismo internacional
Os números mostram que, no primeiro trimestre de 2025, o Brasil recebeu 320,2 mil turistas desses países, alta de 25,3% em relação ao mesmo período de 2024 (255,5 mil). Já no segundo trimestre, depois do início da exigência de visto, houve leve recuo: foram 176,4 mil visitantes contra 177,5 mil no mesmo período de 2024, queda de 0,6%.
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Os Estados Unidos lideraram o fluxo entre os três países, com 410 mil visitantes no primeiro semestre, o que equivale a 83% dos 497 mil turistas dessas três nacionalidades. Considerando todas as nacionalidades, os norte-americanos representaram quase 8% dos 5,3 milhões de estrangeiros que visitaram o Brasil entre janeiro e junho de 2025.
A suspensão de vistos durante o governo anterior beneficiava cidadãos dos EUA, Canadá, Austrália e Japão. Destes, apenas o Japão adotou política de reciprocidade até o momento.
