Uma série de ataques com drones coordenados pela Ucrânia atingiu quatro bases aéreas em território russo, destruindo dezenas de aeronaves militares, segundo informações do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) obtidas pela CNN.
Neste domingo, 1º, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque a Ucrânia contra bases militares em cinco regiões, resultando em incêndios que danificaram vários aviões. O órgão russo informou que as defesas aéreas conseguiram repelir os ataques em três dessas regiões, mas não conseguiram evitar danos em Murmansk e Irkutsk.
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Esses bombardeios representam a operação mais significativa da Ucrânia contra instalações aéreas russas desde o início do conflito em 2022. Fontes do SBU relataram à CNN que bombardeiros russos foram “incendiados em massa” e que os drones foram lançados de caminhões posicionados já dentro da Rússia.
There we have it.
Ukraine blowing up Russian strategic bombers with FPV drones on multiple airfields inside Russia.
– Olenya, Murmansk region
– Belaya pic.twitter.com/nR96OeAr4q— kim høvik (@kimhvik2) June 1, 2025
De acordo com o SBU, mais de quarenta aviões russos foram atingidos, incluindo os modelos estratégicos TU-95, Tu-22M3 e um raro avião de vigilância A-50. Entre as bases visadas estavam Belaya, a 4.500 km da Ucrânia, Dyagilevo, a 520 km, Olenya, perto do Círculo Polar Ártico, e Ivanovo, a mais de 800 km da fronteira.
O Ministério da Defesa da Rússia detalhou que os ataques ocorreram em Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur, com incêndios sendo rapidamente controlados. Não houve registro de vítimas, e alguns suspeitos envolvidos foram detidos pelas autoridades russas.
For those wondering how great this operation was Ukraine claims:
“SBU drones hit more than 40 aircraft, including the A-50, Tu-95 and Tu-22 M3.”
Belaya airbase in Irkutsk have also been hit. It hots 7 Tu-160 and 7 Tu-95MS bombers. pic.twitter.com/oeHf4Vwfr7
— COSSACKGUNDI (@cossackgundi) June 1, 2025
Logística do ataque da Ucrânia
Segundo a fonte ucraniana, os danos provocados superam US$ 2 bilhões. Vídeos enviados ao canal de notícias mostram o aeródromo de Belaya em chamas, com o chefe do SBU, tenente-general Vasyl Malyuk, afirmou: “Como o aeródromo de Belaya está lindo agora”. A CNN confirmou a localização das imagens, mas não conseguiu verificar outros registros de forma independente.
A operação exigiu logística complexa: drones foram transportados em casas móveis de madeira carregadas por caminhões. Os dispositivos estavam ocultos sob telhados dessas estruturas, que foram abertos por controle remoto para o lançamento dos drones contra os bombardeiros russos. Segundo o SBU, os responsáveis já retornaram à Ucrânia.
ukraine launched a major fpv drone attack on Russia and destroyed at least 41 Tu-95 strategic bombers in 4 air bases throwing any chance at peace out of the window.
if true, there’s no way an attack of this scale could have happened without nato/american involvement.
a huge… pic.twitter.com/HECtyLjLYQ
— Tekzilver 🇮🇳 ✝️☮️ (@tekzilver) June 1, 2025
Resposta russa e intensificação dos ataques
Sem o volume de mísseis da Rússia, a Ucrânia investiu em uma extensa frota de drones de ataque, priorizando alvos militares e instalações de petróleo em território russo.
Enquanto isso, a Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia realizou, também neste domingo, o maior ataque noturno desde o início da guerra, utilizando 472 drones e lançando sete mísseis. O sistema de defesa ucraniano afirmou ter abatido 382 drones e três mísseis durante a ofensiva.
Ukrainian Drones smuggled in by truck were launched near the Olenya and Belaya airbases of Russia, targeting over 40 strategic bombers inc. Tu-95s in a massive SBU op. Multiple aircraft damaged, losses in billions. #UkraineRussiaWar
Deep state getting what they wanted ? pic.twitter.com/AXofy49Bw5— KarmaYogi (@karma2moksha) June 1, 2025
Os bombardeios noturnos com drones da Rússia contra a Ucrânia têm se intensificado nas últimas semanas, elevando a tensão entre os dois países.
Em meio à escalada, diplomatas russos e ucranianos devem se encontrar em Istambul na segunda-feira 2, para discutir possibilidades de um acordo de paz. Estima-se que pelo menos 1,2 milhão de pessoas tenham morrido ou ficado feridas desde o início do conflito, conforme dados de Washington.