As Forças Especiais da Ucrânia informaram, neste sábado, 5, que atacaram uma base aérea russa localizada em Borisoglebsk, na região de Voronezh. De acordo com uma nota divulgada nas redes sociais, a ofensiva atingiu um depósito de bombas planadoras e também danificou uma aeronave de treinamento.
“No local, estão estacionados aviões inimigos do tipo Su-34, Su-35S e Su-30SM”, destacou o comunicado ucraniano, ao acrescentar que outras aeronaves possivelmente foram impactadas na ação.
Em retaliação, Moscou lançou mais de 300 drones contra alvos ucranianos entre a noite desta sexta-feira, 4, e a madrugada deste sábado. Desse total, quase 160 teriam sido derrubados e 135 ficaram fora de controle por interferência eletrônica.
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A principal área afetada foi Khmelnytskyi, no oeste do país. O governador local, Serhii Tyurin, relatou que não houve vítimas, feridos nem danos relevantes.
Na sexta-feira, a Rússia já havia promovido, de acordo com autoridades militares ucranianas, o maior bombardeio aéreo desde o começo do conflito em 2022. Diversos drones e mísseis atingiram Kiev, o que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras 26 feridas, conforme disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko.
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia
Os ataques evidenciam uma escalada da guerra no Leste Europeu, que já ultrapassa três anos, enquanto continuam as discussões para um eventual cessar-fogo.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que as sirenes de alerta aéreo soaram em todo o país depois que foi divulgada uma conversa entre Vladimir Putin e Donald Trump. “Mais uma vez, a Rússia deixa claro que não quer encerrar a guerra nem o terror”, afirmou Zelensky. “Sem grande pressão internacional, a Rússia não vai abandonar seu comportamento insano e destrutivo.”


Os bombardeios se intensificaram num período de impasse nas negociações diretas entre Kiev e Moscou. Conforme a agência de notícias AFP, a Rússia disparou, em junho, um volume recorde de drones e mísseis.
“Putin demonstra abertamente seu total desprezo pelos Estados Unidos e por quem quer que defenda o fim da guerra”, afirmou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Sibiga.


Nas últimas noites, os ataques se tornaram ainda mais frequentes, o que gerou apreensão, depois da decisão dos Estados Unidos de suspender o envio de parte do armamento à Ucrânia — ajuda considerada vital para a defesa do país.
Kiev, por sua vez, também intensificou o uso de drones em solo russo. Em uma dessas ofensivas, um drone ucraniano atingiu um edifício residencial e provocou a morte de uma mulher.
Revista Oeste, com informações das agências de notícias Associated Press e Reuters