A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) está na 25ª Agroleite, evento que iniciou nesta terça-feira (5), na Colônia Castrolanda, em Castro. Os cursos de Zootecnia, Agronomia, Engenharia da Computação e Engenharia de Alimentos representam a Universidade no evento, no estande da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), na Arena Paraná, que reúne num só lugar os projetos científicos para a cadeia produtiva do leite.
“Este é o principal evento do agronegócio aqui na região dos Campos Gerais, uma feira nacional e internacional, com envolvimento de toda a cadeia da produção de leite, o que é muito importante para os cursos da área de ciências agrícolas”, destaca o vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate.
Entre os projetos desenvolvidos pela UEPG expostos na Agroleite está a Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais (ETLQueijos-UEPG), que atua desde 2008 nas áreas de ensino, pesquisa e capacitação de queijeiros e profissionais do setor. Demiate, que está envolvido com a ETLQueijos desde o início lembrou o pioneirismo do grupo de professores do qual fazia parte. “Na época nós não tínhamos muitas formações no Brasil e nenhuma aqui no Paraná. Éramos a primeira escola sendo montada no nível universitário, dentro de um apoio do Governo do Paraná. De lá para cá, temos formado alunos, tanto em queijos convencionais, em vários módulos, e inclusive, produzimos e ensinamos o pessoal a fazer queijos especiais”, comentou.
Demiate explicou ainda que esta é a segunda vez que a ETLQueijos participa da Agroleite. “Na minha opinião, é a melhor forma que tem de você aproximar a universidade da agricultura familiar, do produtor. Nosso curso de extensão dura 40 horas e os alunos vão até a nossa estrutura, onde recebemos desde grandes empresas até pequenos produtores, e sem custo nenhum para o Estado”, argumentou.
OPORTUNIDADE – O professor Alessandro Nogueira, que coordena a ETLQueijos, se mostrou entusiasmado com a possibilidade de integrar o grupo de instituições que coordenarão o Parque Tecnológico e com o trabalho que a UEPG poderá desenvolver junto aos produtores locais. “Eles têm também uma demanda por agregação de valor, especialmente os das propriedades menores. Estamos bastante animados, motivados com a questão da fabricação de queijos especiais, queijos finos, queijos autorais, que têm sido um grande sucesso no Paraná”, afirmou, lembrando que o trabalho da UEPG na área de queijos é reconhecido nacionalmente.
A coordenadora da pós-graduação em Zootecnia, Cheila Roberta Lehnen, explica que há muitos “acadêmicos envolvidos com a cadeia do leite”. “Historicamente, o aluno de Zootecnia se envolve desde o manejo dos animais, e hoje estamos aqui com muitos egressos do nosso curso trabalhando nas empresas”.
Para a aluna de Zootecnia, Barbara Costa Vaz Ferreira Lima, a experiência é rica, já que os estudantes têm a oportunidade de conhecer produtores, instituições e outros alunos de diversas instituições. “O curso de Zootecnia da UEPG recebeu nota máxima no Enade este ano. Então é muito significativo representar a Universidade e o curso na Agroleite. Aqui, especificamente, estamos expondo o projeto de pesquisa, o Bio Model, que atua na área de aditivos alimentares para não-ruminantes, como suínos e aves”, completa.
FORMAÇÃO PRÁTICA – A chefe do departamento de Zootecnia, professora Maria Marta Loddi, destaca que o curso sempre teve boa inserção na Agroleite. “É onde encontramos os produtores, as empresas e os nossos ex-alunos que estão trabalhando. E aqui é um local onde nossos alunos podem aplicar o que eles conhecem em sala de aula e fazer um networking”. Maria Marta é coordenadora dos projetos Porco Moura e Melíponas na UEPG – ambos estavam presentes no evento. “Esse ano tivemos a grata felicidade de sermos o melhor curso do Brasil, com cinco estrelas do Enade. Então, estamos trazendo e mostrando esse reconhecimento, não somente em nível nacional, mas também trazemos os projetos de pesquisa, de extensão e da pós-graduação”, declara.
João Vitor Machado, estudante de Zootecnia, aponta que a exposição do curso chama a atenção por tratar de um assunto pouco conhecido: as abelhas-sem-ferrão, que são objeto de estudo de um projeto de extensão da UEPG. “Está sendo bem interessante porque, mesmo na feira da Agroleite, trouxemos um assunto diferente, que muita gente não conhece”, relata. João conta que já visitou a Agroleite quando era estudante de um colégio agrícola, e agora tem a oportunidade de participar da exposição representando um curso da UEPG. “Aqui a gente tem a função, principalmente, de educação ambiental com a comunidade, passando o conhecimento sobre o manejo correto e a importância desse tipo de abelha para o ecossistema brasileiro”, afirma.
A Agroleite reúne mais de 350 expositores e espera receber mais de 160 mil visitantes até 8 de agosto, quando as atividades se encerram.
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL – Desde junho de 2025, a UEPG detém o Certificado de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) nível ouro do Pool Leite. A certificadora, uma grande captadora de leite da região dos Campos Gerais que recebe produtos de várias cooperativas, possui um elevado padrão de exigência em termos de qualidade. A certificação diz respeito aos animais criados na Fazenda Escola Capão da Onça, onde são desenvolvidas pesquisas por professores e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação.
Com informações: Assessoria de Imprensa.