A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu, no último sábado (17), a cerimônia de premiação da 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O evento, que aconteceu no Grande Auditório do Campus Centro, reuniu estudantes e familiares, além de professores e diretores de escolas públicas e privadas de Ponta Grossa e de municípios da região atendidos pelo Núcleo Regional de Educação (NRE).
A primeira fase da 19ª Obmep mobilizou mais de 18 milhões de estudantes em todo o Brasil, sendo mais de 50 mil participantes no núcleo de Ponta Grossa, com a premiação de 99 estudantes de 54 escolas dos municípios de Carambeí, Castro, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas e São João do Triunfo. Juntos, eles conquistaram 133 medalhas, tanto de âmbito nacional, quanto da etapa estadual. Também receberam premiações uma professora do município de Ivaí e três escolas sediadas nos municípios de Ivaí e de Ipiranga, conquistados pelo desempenho de seus estudantes nas Olimpíadas.
O vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, destacou, durante a cerimônia, a importância da educação para as crianças e adolescentes premiados. “A educação abre muitas portas para todo mundo. Não deixem de pensar seriamente no futuro de vocês e de aproveitar as oportunidades que surgirem. A nossa Universidade está de portas abertas para todos vocês”.
Para Sandra Mara Dias Pedroso, responsável pelo setor de Articulação Acadêmica do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa, a cerimônia de premiação da Obmep tem um papel fundamental: “Ela traz alegria e essa horizontalidade entre família, escola e universidade. Os alunos conseguem olhar para a universidade e pensar: eu quero chegar lá, e existe um caminho. A Obmep é um desses caminhos”. Em sua avaliação, o momento de premiação é também o de mostrar a conquista ao mundo e reconhecer o esforço dos jovens. “É muito emocionante ver o coraçãozinho deles batendo quando recebem a medalha”, relata.
Entre os estudantes premiados, está Gabriel Andrei de Amorim Presotto, de 13 anos, aluno da Escola Estadual Medalha Milagrosa, que conta que a participação na OBMEP trouxe novos aprendizados e abriu portas para outras oportunidades. “É legal porque a gente adquire conhecimento. Entrei para o PIC, o Programa de Iniciação Científica, onde consigo estudar mais e me preparar para as próximas provas”, relata. Em Ponta Grossa, o PIC é um projeto realizado pelo Departamento de Matemática e Estatística (Demat) da UEPG, destinado a alunos que desejam aprofundar seus estudos em matemática. Esta não foi a primeira experiência de Gabriel nas Olimpíadas: Gabriel já havia participado em anos anteriores e conquistado premiações em outras competições, como a Olimpíada Pontagrossense de Matemática (OpMat), também realizada pela UEPG. Agora, com a medalha da Obmep, ele afirma estar motivado a continuar. “Com certeza quero participar das próximas edições”.
Júlia Stanislavski e Silva, de 13 anos, aluna do Colégio Estadual Borell du Vernay, conta que o incentivo de uma professora foi decisivo para chegar até o resultado. “Ela me apoiou muito desde o começo do ano letivo, me deu várias provas para treinar. Eu sou muito grata a ela porque foi a minha a minha primeira medalha”, relata. Júlia destaca que a dedicação e a confiança no próprio potencial foram fundamentais durante as provas: “Consegui manter a calma porque sabia do meu potencial, e minha professora sempre reforçou isso pra mim”.
GALERIA DE FOTOS
Um projeto da UEPG
A competição integra o projeto de extensão “Olimpíadas de Matemática: promovendo a inclusão social e ajudando a mudar o cenário da educação”, do Demat, responsável pela aplicação das provas e pela entrega das medalhas aos estudantes. Para a coordenadora do projeto, professora Elisangela dos Santos Meza, a cerimônia de premiação “é o momento de parabenizar e mostrar que eles têm potencial, porque muitos acham que não conseguem, mas quando recebem a medalha percebem que podem seguir estudando”. A professora também ressalta o aspecto simbólico de estar presente na entrega das medalhas. “É bonito ver esse crescimento, porque acompanhamos muitos deles desde o Ensino Fundamental até o Médio. Temos vários exemplos de ex-medalhistas que hoje estão na Universidade, alguns inclusive ajudando no projeto”, comenta.
Entre os responsáveis pela organização da cerimônia estiveram bolsistas do projeto. Isabella Paola Matoski, aluna do segundo ano de Licenciatura em Matemática, conta que não teve a oportunidade de participar das Olimpíadas durante o período escolar, mas hoje vivencia a experiência de outra forma. “Gostaria de ter participado, acho muito legal”, afirma. Para ela, o envolvimento na organização das Olimpíadas e da cerimônia de premiação também é uma forma de acompanhar de perto o impacto da competição na vida dos estudantes. “É muito lindo de ver, tanto nos núcleos grandes, como Ponta Grossa e Curitiba, quanto nos menores. Nestes últimos, acho tão bonito porque acaba tendo uma interação maior com os pais e professores. Muitas vezes os pais sobem ao palco para colocar a medalha nos filhos, e a gente vê esse reconhecimento”, destaca.
Fabiane Peremibida Iarochevski, aluna do quarto ano de Licenciatura em Matemática, participa do projeto desde o início da graduação. “Uma das atividades do projeto é a Obmep, e nós cuidamos de parte da aplicação e da organização das premiações na região”, explica. Para a bolsista, a experiência tem um significado especial, já que também participou das Olimpíadas como estudante, ainda que sem conquistar medalhas. “Agora estou do outro lado. Gosto muito de participar desses momentos, de ver a reação dos pais, orgulhosos, tirando fotos e participando junto com as escolas, porque eles também fazem parte dessa essa trajetória”, afirma.
Com informações de assessoria de imprensa