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Um ano sem Neymar: o que sabemos sobre possível volta do craque

Um ano. É esse o período que Neymar está afastado dos gramados em recuperação de uma grave lesão sofrida em 17 de outubro de 2023. Defendendo a seleção brasileira em um duelo diante do Uruguai, em Montevidéu, o craque teve rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, problema associado ainda a contusões de menisco.

A ausência do camisa 10 coincide com o período de oscilação do time pentacampeão mundial. O atleta, inclusive, sequer estreou sob o comando de Dorival Júnior.

Em 14 compromissos desde a confirmação da lesão de Neymar, o Brasil somou seis vitórias, três derrotas e cinco empates. Neste contexto está uma campanha ruim na Copa América de 2024, nos Estados Unidos, quando a seleção foi eliminada ainda nas quartas de final.

Mas o período do craque longe dos gramados está perto de acabar.

Como a ESPN antecipou na última segunda-feira (14), o atacante está próximo de retornar, e vive a expectativa pelo atuar a uma partida oficial ainda em outubro. Mas desta vez com a camisa do Al Hilal, da Arábia Saudita.

Sem alarde, pessoas próximas que acompanham detalhadamente cada passo da recuperação do craque projetam uma possível volta para o jogo contra o Al Ain, dos Emirados Árabes, no próximo dia 21, pela Liga dos Campeões da Ásia. A partida terá transmissão ao vivo no Disney+.

O retorno ainda depende da decisão técnica de Jorge Jesus, comandante do Al Hilal, e de um aval final do responsável pela cirurgia de Neymar, Rodrigo Lasmar – também médico da seleção brasileira.

A ideia é que Lasmar vá à Arábia Saudita nos próximos dias para avaliar Neymar pessoalmente. Com o “ok”, caberia a Jorge Jesus a decisão final de escalar ou não seu camisa 10 no próximo dia 21.

A situação de Neymar gera expectativa entre os fãs do clube árabe e também na seleção brasileira. Além da avaliação para o retorno do atacante nos próximos dias, Rodrigo Lasmar será o responsável por enviar à CBF um relatório sobre a situação atual do jogador.

Atenta ao caso, a comissão técnica de Dorival Júnior não esconde o desejo de ter o atleta na Data Fifa de novembro – jogos contra Venezuela e Uruguai pela sequência das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026.

Além do desejo de Al Hilal e seleção de terem Neymar de volta, o próprio jogador não esconde das pessoas mais próximas a vontade de estar em campo já no dia 21 e, consequentemente, se tornar uma opção para a seleção nos duelos de novembro.

Para além do jogo contra o Al Ain pela terceira rodada da Liga dos Campeões da Ásia em 21 de outubro, Neymar ainda poderia participar do jogo entre seu time, o Al Hilal, e o Esteghlal, do Irã, no dia 4 de novembro, pela mesma competição, antes de se apresentar à seleção pra os jogos dos dias 14 e 19 de novembro, respectivamente.

Nas próximas semanas o Al Hilal ainda disputa partidas da liga nacional da Arábia Saudita e da Copa do Rei Saudita, mas Neymar não está à disposição nas competições citadas por conta do limite de inscrição de atletas estrangeiros nas mesmas.

Clima na seleção brasileira

Internamente, Dorival Júnior e sua comissão evitam dar peso à situação de Neymar. A ideia é tirar qualquer peso de “salvador da pátria” que uma possível volta do craque em novembro possa ter.

Caso Rodrigo Lasmar dê o “ok” e Jorge Jesus opte por escalar Neymar no dia 21, Dorival Júnior irá incluí-lo na pré-lista que deve ser entregue à Fifa até o dia 25 deste mês. Do contrário, a seleção buscará seguir sua busca por resultados e tranquilidade até um adiado retorno em 2025.

Entre os jogadores, no entanto, a possível volta do dono cativo da camisa 10 nas próximas semanas é vista com bons olhos e tratada abertamente como algo extremamente positivo.

“O que conversamos é: se o Neymar tiver bem, é impossível que ele não esteja com a gente, e também no clube. Se ele estiver em campo, não tem como não estar no campo. Pra mim é uma referência dentro e fora de campo. Se estiver bem, não tem motivo para não estar aqui”, defendeu o atacante Raphinha, em entrevista exclusiva à ESPN.

Sem Neymar durante o último ano, a seleção brasileira amargou derrotas, uma troca de técnico, a pior campanha de um primeiro turno das eliminatórias e se viu sob desconfiança até para duelos contra os últimos colocados da tabela de classificação.

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