Luken Cesar Burghi Augusto, 46 anos, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital e integrante da lista dos criminosos mais procurados do Brasil, foi morto na noite deste sábado, 9, durante confronto com policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), no município de Praia Grande, litoral de São Paulo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, equipes da Rota se deslocaram até um endereço na Avenida Dom Pedro II, no bairro Ocian, depois de receberem uma denúncia sobre a presença de um homem procurado pela Justiça.
Durante a abordagem, o suspeito disparou contra os policiais e atingiu o escudo balístico de um deles. Os agentes revidaram, Luken foi atingido e morreu no local. Nenhum policial ficou ferido durante a operação.
O secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, confirmou a morte nas redes sociais. “Infelizmente, o indivíduo optou pelo confronto, atirou nos policiais e não restou outra alternativa a não ser a neutralização”, declarou.
Em vídeo, Derrite classificou a operação como “um dia importante para a segurança pública” e destacou que as forças de segurança “vão agir sempre dentro dos limites da lei, com muita eficácia e inteligência, trazendo os resultados que a população espera”.
No imóvel onde Luken foi localizado, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm, munições, documentos com suspeita de falsificação e estojos de munição. As imagens registradas pelas câmeras corporais dos policiais foram preservadas e serão analisadas. A perícia foi acionada, e exames residuográficos foram solicitados para verificar o uso da arma.
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Entre os mais procurados do Brasil
Luken estava foragido desde 2024 e tinha condenação de 46 anos, 11 meses e 10 dias de prisão pelo mega-assalto à empresa de transporte de valores Protege, em Araçatuba, em outubro de 2017. Na ocasião, cerca de 30 criminosos participaram da ação, que resultou na morte do policial civil André Luís Ferro da Silva, de 37 anos, integrante do Grupo de Operações Especiais.
O grupo utilizou explosivos para destruir o prédio da empresa, bloqueou vias com veículos incendiados e disparou contra um quartel da Polícia Militar. Cerca de R$ 8 milhões foram roubados, segundo informações à época.
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O histórico criminal de Luken incluía registros por roubo, porte ilegal de arma de fogo e posse de entorpecentes. Em 2023, seu nome foi incluído pelo governo federal na relação de 19 criminosos mais procurados do país, na categoria “mega-assaltos”.
Durante a mesma operação, Derrite informou a prisão de Gabriel Vieira dos Santos, que tinha mandado de prisão em aberto e foi acusado de roubar a arma do cabo Johannes Kennedy Santana durante uma ocorrência em Paraisópolis, zona sul da capital paulista, no último dia 7.
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