Pedro Augusto – 06/03/2025 11h16
Brian (esquerda) ao lado de Bruce, criado como Brenda
Nos debates sobre ideologia de gênero promovidos por universidades e pela mídia, pouco se fala sobre as histórias de insucesso que causam traumas profundos em famílias e indivíduos. Casos de quem, em um momento de crise, seguiu conselhos de “especialistas” e teve sua vida destruída. E um desses casos trágicos, que está longe de ser discutido, é o da família canadense Reimer.
No final da década de 1960, Ron e Janet Reimer levaram seus bebês, Bruce e Brian, de apenas sete meses, ao médico devido a dificuldades para urinar. O que aconteceu a seguir mudaria para sempre o destino dessa família.
Sob orientação médica, o casal submeteu os bebês a uma circuncisão. No dia seguinte, eles receberam a notícia de que Bruce se envolveu em um acidente durante a cirurgia e teve seu pênis queimado.
Sem saber a quem recorrer, os Reimer viram, por acaso, aparição do psicólogo John Money em um programa de televisão. Money defendia uma teoria polêmica: a biologia não define se alguém é homem ou mulher, mas sim a criação de cada um — ou seja, tudo é uma construção social.
Desesperado, o casal procurou Money para orientação. Com apenas um ano e cinco meses, Bruce foi instruído a viver como menina. E, em questão de meses, a situação tomou um rumo ainda mais drástico. Quatro meses depois, Bruce foi submetido a um processo de castração e teve seu nome alterado para Brenda. A condição? “Ela” jamais poderia saber a verdade.
A cada ano, Ron e Janet levavam seus filhos para consultas com o psicólogo John Money, o qual percebeu algo surpreendente — a “menina” possuía uma energia vibrante e uma personalidade dominante, características que fugiam do comportamento esperado. Ela rasgava seus vestidos, repudiava bonecas e desejava os carrinhos e armas de seu irmão Brian.
Em 1975, quando Brenda/Bruce tinha apenas nove anos, Money publicou um artigo detalhando o caso, vangloriando-se do “sucesso” do experimento. Mas o que ele não sabia era que, à medida que Brenda atingia a puberdade, ela começava a sentir uma profunda angústia — sentimentos suicidas tomaram conta de seu ser. A mãe, desesperada, afirmou: “Eu podia ver que Brenda não era feliz como menina… Ela era muito masculina e eu não consegui convencê-la a fazer nada feminino.”
Aos 12 anos, Brenda/Bruce entrou em uma espiral de sofrimento. A depressão tomou conta, e ela se recusava a continuar as consultas com o Dr. John Money.
Desesperados, os pais tomaram uma decisão difícil: contar a verdade. O impacto foi profundo, mas foi a chave para que Brenda/Bruce, finalmente, encontrasse uma nova esperança. Ela/ele decidiu se submeter a uma cirurgia de reconstrução do pênis, em um esforço para reescrever sua identidade. Ele passou a se autodenominar David e anos depois se casou, tentando recomeçar sua vida, longe dos traumas do passado.
Milton Diamond, renomado pesquisador sexual da Universidade do Havaí, foi o primeiro a documentar o fracasso do experimento de John Money. Ele afirmou: “Ele [David] derrubou, pelo menos em parte, os mitos de que basta colocar alguém em um quarto azul ou cor de rosa para que se torne menino ou menina”.
No ano 2000, os irmãos finalmente revelaram os abusos cometidos por Money. Ele os forçava a posar nus e os submetia a relações sexuais incestuosas. O trauma foi devastador.
Após David passar dos 30 anos, ele entrou em depressão e aos 38 anos tirou a própria vida. A motivação foi o seu comportamento deprimido que pode estar ligado ao Distúrbio de Desenvolvimento Sexual.
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Pedro Augusto é formado em Teologia pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro e também em Jornalismo. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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