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Umidade atinge níveis de deserto em 11 Estados nesta quarta, 6

Nesta quarta-feira, 6, boa parte do Brasil central enfrenta um cenário crítico de secura atmosférica. Segundo alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao menos 11 Estados e 911 municípios apresentam níveis de umidade relativa comparáveis aos registrados no deserto do Saara, com valores que podem cair até 10% durante a tarde.

As condições representam riscos diretos à saúde humana e ao meio ambiente, como incêndios e agravamento de doenças respiratórias. Ao mesmo tempo, uma frente fria avança sobre o Sudeste, provoca chuvas e mantém as temperaturas baixas em parte do país.

A região Centro-Oeste está no centro do alerta. A atuação de uma massa de ar seco e quente, associada a uma área de alta pressão atmosférica, mantém as condições de tempo aberto e umidade extremamente baixa.

Área de abrangência do alerta de baixa umidade relativa na região central do Brasil | Imagem: MeteoredÁrea de abrangência do alerta de baixa umidade relativa na região central do Brasil | Imagem: Meteored
Área de abrangência do alerta de baixa umidade relativa na região central do Brasil | Imagem: Meteored

Cuiabá registra máxima de 30°C, com sol forte e baixa umidade à tarde. Em Campo Grande, a temperatura não ultrapassa os 25°C, mas a secura persiste. Em Brasília, mínima de 16°C e máxima de 28°C, com ar muito seco. Os índices de umidade podem chegar a 10% em áreas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Na Região Norte, as condições variam. Enquanto Amazonas, Roraima, Pará e Acre enfrentam pancadas de chuva e trovoadas, o Tocantins, que também faz parte do alerta do Inmet, segue com tempo seco e quente. Palmas tem previsão de céu limpo, 20°C de mínima e 35°C de máxima, sem possibilidade de chuva.

Em cidades como Manaus (32°C) e Santarém (31°C), há previsão de chuvas rápidas, típicas da umidade amazônica. Já Rio Branco (32°C) e Porto Velho (34°C) também entram na faixa de calor e tempo seco, ainda que com umidade menos crítica.

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Umidade permanece elevada na faixa leste do Sudeste

Uma frente fria que chegou ao Sudeste nesta semana avança lentamente, mantém o tempo instável e provoca chuvas. O destaque é a ocorrência de tempestades localizadas entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, a máxima não passa de 19°C, com chuva ao longo do dia e risco de temporais no interior e no Vale do Paraíba. No Rio de Janeiro, previsão de 22°C, com céu nublado e pancadas à tarde. Em Belo Horizonte, a temperatura chega a 23°C, com risco de chuva fraca. Vitória registra 24°C e tempo instável.

As temperaturas máximas estão até 7°C abaixo da média, especialmente no leste de São Paulo e Minas Gerais. A umidade na região, apesar da instabilidade, segue em níveis adequados para a estação, como informa o site Meteored.

No Sul do país, a primeira massa de ar frio já atua com força. A quarta-feira começa com mínimas próximas de 0°C em pontos altos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com possibilidade de geada pontual, conforme indicam os modelos meteorológicos.

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Porto Alegre registra mínima de 12°C e máxima de 21°C, com céu claro. Embora o tempo esteja firme, há previsão de nebulosidade esparsa e formação de nevoeiros nas primeiras horas do dia. Curitiba e Florianópolis têm expectativa de tempo seco e frio, com temperaturas entre 10°C e 20°C.

As capitais litorâneas do Nordeste registram chuvas ocasionais, principalmente em Natal (28°C), Fortaleza (31°C), Salvador (26°C) e Maceió (26°C). No entanto, o interior da região — especialmente Piauí, oeste da Bahia e parte do Maranhão — integra o alerta de baixa umidade.

Em cidades como Barreiras (34°C), o tempo segue ensolarado e seco. O calor também se mantém em Juazeiro, Petrolina e Teresina, onde as máximas superam os 36°C e os índices de umidade atingem patamares críticos à tarde.

A quarta-feira será marcada por dois fenômenos contrastantes. De um lado, a atuação de uma frente fria mantém as temperaturas baixas e o tempo instável no Sudeste e parte do Sul; de outro, a maior parte do território nacional vive um cenário de clima desértico, com calor extremo e índices de umidade perigosamente baixos.

Leia também: “O país da chuva”, artigo de Roberto Motta publicado na Edição 182 da Revista Oeste

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