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União Europeia não aceita rascunhos finais de acordo da COP30

Um adversário de peso se mostra contra os rascunhos do acordo final da 30ª Conferência de Mudanças Climáticas (COP30): a União Europeia.

O bloco dos países do continente critica o fato de os textos prévios não mencionarem um plano de ação com prazos e metas para o fim do uso de combustíveis fósseis (mapa do caminho), como petróleo, gás natural e carvão, notadamente a principal causa do aquecimento global.

De acordo com reportagem do G1, o comissário europeu do Clima, Wopke Hoekstra, afirmou em reunião fechada nesta sexta-feira (21) que o texto da conferência “não tem ciência, não tem transição e mostra fraqueza”.

“Em nenhuma circunstância nós vamos aceitar isso. E nada que chegue sequer perto disso — e digo isso com dor no coração — nada que se aproxime do que está na mesa agora”, disse.

O posicionamento de Hoekstra se soma à manifestação de mais de 30 países, como Colômbia, França, Reino Unido e Alemanha, na noite de quinta-feira (20), que pressionaram a Presidência da COP30 afirmando que não apoiariam um texto final que não estivesse amparado na transição global energética limpa.

Por outro lado, organizações da sociedade civil tecem críticas à atuação da União Europeia na COP30. Elas afirmam que o discurso do bloco cita liderança climática, mas, no fundo, dificulta avanços nas negociações.

Tais organizações ressaltam que enquanto os países do Sul Global — nações da África, América Latina, Ásia e Oceania — precisam lidar periodicamente com desafios climáticos extremos, como secas e enchentes, o bloco europeu estaria focado em apenas proteger seus próprios interesses.

Resistência em ampliar recursos para países vulneráveis e falta de clareza sobre compromissos já existentes são os principais pontos destacados pelas entidades, que pedem que a União Europeia seja mais cooperativa nas horas finais da COP30.

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