A China é o maior cliente das exportações brasileiras. Mas as bocas chinesas, embora muitas, não tornam desprezível o lucro com outros destinos. Na sequência, o volume mais expressivo se dá com os Estados Unidos. Segundo maior parceiro comercial do agro do Brasil, os EUA renderam US$ 12 bilhões para o setor em 2024.
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Assim, para o agro do Brasil, os EUA valem 6% de todo o lucro das exportações. Essa montanha de dinheiro pode ruir com a taxação extra de 50% anunciada por Donald Trump, presidente norte-americano, sobre todas as trocas com o mercado brasileiro.
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É um grande peso extra em qualquer negócio. Para alguns produtos, como a soja, o problema segue em linha com o grau geral de ameaça. Para outros, o prejuízo pode ser muito maior — e se tornar um abismo nas contas.
O papel do agro do Brasil nos EUA
Nenhum segmento pesa mais na balança do setor com os norte-americanos do que o de produtos florestais. Foram quase US$ 4 bilhões em 2024 — ou seja: respondeu por US$ 30 a cada US$ 100 dessa receita.
Nesse mix, o carro-chefe é a madeira: um produto fundamental para a fabricação de móveis e a construção de casas no país. Porém, há itens mais elaborados que também entram no leque. Entre eles, o destaque é a celulose.
Fonte de emprego na indústria de transformação, a celulose é a matéria-prima do papel — algo que permeia discretamente inúmeras facilidades na vida moderna. Multifacetado, o produto segue indispensável, mesmo depois de o dinheiro virar plástico ou byte no banco de dados.
Onde a tela não muda
Até poucos anos, papel era sinônimo de registro e burocracia. Qualquer compra, cobrança, mensagem ou ofício de governo dependia de uma folha (ou mais) para existir.
Hoje, mesmo a receita médica de remédio controlado pode ser digital. Os computadores viraram esse jogo. Ainda assim, os chips e as telas não conseguiram queimar todo o mercado. O papel segue soberano no ramo de higiene, inclusive para uso no gabinete dos políticos — tanto nos EUA quanto no Brasil.