Depois de mais de dois anos de tentativas, a Fazenda Napemo, proprietária da segunda vaca mais cara do mundo, comemorou o nascimento do primeiro clone do animal em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A matriz é a nelore Viatina-19 19 FIV Mara Móveis, de seis anos. A nova cria, que ainda não recebeu nome, nasceu há três meses. No entanto, a fazenda ainda não divulgou nenhuma foto do clone.
A veterinária Lorrany Martins Pereira de Moraes informou que o clone está recebendo cuidados especiais em uma clínica genética em Uberaba, onde todo o processo de clonagem ocorreu. A replicação da genética de Viatina está cercada de atenção. Por meio das câmeras de monitoramento ininterruptas que ficam na baia da vaca, o veterinário Cleiton Borges conseguiu, por exemplo, ver no dia 29 de dezembro uma movimentação estranha da nelore.
Vaca pariu durante a madrugada
A vaca que se movimentava inquieta estava em trabalho de parto. Graças ao acompanhamento do circuito de tv, Cleiton pôde ir até a fazenda a tempo e ajudá-la a trazer mais uma de suas quase 30 filhas ao mundo. Ela pariu às 3h da manhã ao lado de Cleiton e dos tratadores. “Tem que ser paparicada mesmo”, disse o veterinário.
Em 2024, Dandha, uma das filhas de Viatina, conquistou o prêmio na categoria bezerra na Expozebu 2024. Outros quatro animais também já fazem sucesso nas pistas: Pietra, que teve 50% da propriedade vendida por R$ 1 milhão. Karisma, vendida na Expoinel por R$ 950 mil com apenas 90 dias, além de Burguesa e Baviera.
Na Fazenda Napemo, de 350 hectares, também vivem Estória, outra filha natural de Viatina. Há, também, mais sete crias da vaca que tem no seu pedigree o sangue do touro Karvadi. Indiano e dono de muitos prêmios, o animal chegou ao Brasil em 1962 para melhorar a raça zebuína.
“Eu não posso terminar sem dizer que a Viatina é a principal matriz da raça nelore, isso porque a cada cinco filhos que ela tem, três têm a genética excepcional. A Viatina vem comprovando principalmente que transmite a sua genética muito bem. Assim, temos na mão uma grande oportunidade de multiplicá-la”, diz Lorrany.
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