Nesta terça-feira, 15, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse que a sigla contratou o Instituto Voto Legal para fazer a auditoria das urnas eletrônicas com base em critérios técnicos.
“Não tinha ninguém no mercado para fazer esse trabalho”, disse Costa Neto, durante audiência do núcleo 4 da ação penal que trata de uma suposta tentativa de golpe de Estado, que ocorre na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). “Fui informado, contudo, pelo ex-ministro Marcos Pontes, que ele era colega de dois engenheiros, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, e ambos teriam conhecimento das urnas.”
Ainda de acordo com Costa Neto, o documento técnico que interpelou o sistema eleitoral brasileiro acabou sendo divulgado por pressão de parlamentares da legenda.
“A divulgação foi feita por pressão dos deputados que queriam que eu divulgasse a dúvida que nós tínhamos e o doutor Carlos Rocha acompanhou essa exposição que nós fizemos para a imprensa”, contou Costa Neto.
Valdemar Costa Neto cita multa milionária


Durante a oitiva no STF, Costa Neto citou a multa de R$ 22 milhões que o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, determinou ao PL.
“Levamos uma multa de quase R$ 23 milhões por causa desse questionamento”, disse. “Quero deixar claro que todos os contratos foram pagos com recursos do partido, de arrecadação, não com dinheiro público.”
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