Depois de um acordo que envolveu os governos dos Estados Unidos e de El Salvador, a Venezuela libertou dez norte-americanos, entre cidadãos e residentes permanentes, na sexta-feira 18. Como parte da negociação, mais de 250 venezuelanos, detidos em território salvadorenho, retornaram ao seu país de origem.
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Esses imigrantes haviam sido enviados meses antes pelos EUA para El Salvador, em meio à execução das políticas migratórias adotadas pelo presidente Donald Trump. O pacto, que contou com a participação ativa do ditador venezuelano Nicolás Maduro e do presidente salvadorenho Nayib Bukele, atende aos interesses das três nações envolvidas.
Contexto do acordo entre EUA, Venezuela e El Salvador


Segundo a agência Associated Press, a proposta inicial partiu de Bukele e vinha sendo negociada há meses. Em março, El Salvador aceitou receber US$ 6 milhões do governo Trump para manter os venezuelanos no Cecot, uma megaprisão construída para conter integrantes de facções durante o combate ao crime organizado promovido pelo líder salvadorenho.
A deportação dos venezuelanos gerou polêmica internacional. Isso porque Trump utilizou a Lei de Inimigos Estrangeiros, do século 18, para acelerar a expulsão de homens. Eles teriam ligação com a gangue Tren de Aragua, segundo o governo dos EUA. O caso chegou à Suprema Corte do país, mas não houve a apresentação de provas que sustentassem as acusações.
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Maduro afirmou que alguns dos detidos venezuelanos sofreram diferentes tipos de abuso. Já os norte-americanos soltos estavam distribuídos em prisões distintas na Venezuela, sem informações detalhadas sobre as razões de suas detenções.
“Graças à liderança do presidente dos Estados Unidos, 10 norte-americanos que estavam detidos na Venezuela estão no caminho para a liberdade”, escreveu o secretário de Estado Marco Rubio em postagem na rede X.

