Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

vereadora pode ser cassada por cartilha sobre drogas

Uma audiência pública, realizada na Câmara Municipal de Curitiba na semana passada, gerou polêmica e repercussão negativa entre parlamentares e a população local. O evento foi organizado pela vereadora Professora Angela (Psol) para discutir “estratégias e ações de segurança pública no combate ao tráfico de drogas e à violência urbana”. Na ocasião, no entanto, houve a distribuição de uma cartilha que faz apologia ao uso de drogas.

As informações são da Gazeta do Povo. De acordo com o jornal, o material trazia orientações sobre consumo de LSD, crack e cogumelos alucinógenos, com recomendações para o chamado “uso seguro”. Um dos trechos incentiva o uso de LSD: “Conheça a substância e inicie em pequenas quantidades.”

Cartilha distribuída em audiência pública, sobre drogasCartilha distribuída em audiência pública, sobre drogas
Cartilha distribuída em audiência pública, sobre drogas | Foto: Divulgação/CMC

“A nossa cartilha tá linda, tá?”, disse a vereadora durante a audiência. E vou dizer que tem que ter bastante coragem para colocar ela aqui dentro também.” Ela disse também que o encontro foi “riquíssimo” e que reuniu especialistas, ativistas e movimentos sociais que discutem “os problemas gerados pelo proibicionismo”. Ela alega que os pedidos de cassação são perseguição da “extrema-direita” ao seu mandato.

O líder do governo, Serginho do Posto (PSD), afirmou que a prefeitura de Curitiba não participou nem endossa o conteúdo apresentado.

Em reação, dez vereadores se manifestaram contra o conteúdo. O vereador Da Costa (União) chamou a cartilha de “gravíssima e deplorável”. Ele protocolou um pedido de cassação do mandato de Angela e encaminhou o caso ao Ministério Público.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

Na representação por quebra de decoro, Da Costa acusou a vereadora de usar a Câmara para “promoção ideológica de legalização de drogas” e de ocultar a natureza do evento ao solicitar sua aprovação. Ele disse que o encontro serviu para promover pautas antiproibicionistas, e não combater o tráfico.

Já a vereadora Delegada Tathiana Guzella (União) afirmou que houve “crime ocorrido dentro da Casa” e alertou para riscos de violar tratados internacionais. Já Sidnei Toaldo (PRD) disse ter recebido mensagens de cidadãos revoltados e apontou prejuízos à saúde pública.

O presidente da Câmara, Tico Kuzma (PSD), disse que a audiência foi legítima como participação popular, mas que excessos não têm aval do Legislativo. Em nota, a presidência declarou que não compactua com “qualquer tipo de excesso, distorção ou eventual desvio de conduta que possa configurar apologia ao uso de drogas”.

Leia também:


Compartilhe:

Veja também: