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Vice-prefeito do Paraná é indiciado por homicídio qualificado após atropelar homem e tentar fraudar investigação, diz delegado | Correio dos Campos

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu na quarta-feira (17) o inquérito que investigou a morte de Valdenir Sotel da Silva, de 44 anos, atropelado em Barracão, no sudoeste do estado. O vice-prefeito da cidade, Hercílio Vieira de Andrade Neto, foi indiciado por homicídio qualificado e fraude processual.

Segundo as investigações, Hercílio dirigia a caminhonete que atingiu a vítima. Após o acidente, ele teria trocado de lugar com a esposa, Rosane, para ela assumir a culpa. Foi ela quem fez o teste do bafômetro, que não apontou ingestão de álcool, e registrou o boletim de ocorrência como se estivesse ao volante.

Imagens de câmeras de segurança flagraram o atropelamento. O vídeo mostra Valdenir sentado em um banco, caminhando pela praça e caído na via, quando é atingido pela caminhonete.

Segundo a análise policial, após o primeiro impacto, o veículo também passou com o eixo traseiro sobre a vítima, que estava caída no chão.

A perícia concluiu que o motorista poderia ter parado o carro após o primeiro choque. Ao continuar a manobra, o condutor assumiu o risco de produzir o resultado, o homicídio, aponta o relatório.

O delegado responsável, Lucas Faria, afirmou que houve tentativa de manipulação do caso.

“Entendemos que toda a fraude processual foi criada para livrar o motorista, que estaria embriagado, de responder por um crime mais grave”, disse.

Em agosto, a Justiça chegou a decretar a prisão preventiva do vice-prefeito, que ficou foragido por algumas semanas.

O mandado foi revogado posteriormente, e Hercílio se apresentou à polícia no início de setembro. O inquérito foi concluído na quarta-feira (17).

O advogado de defesa, Marcos Haeflieger, admitiu que houve a troca de lugares, mas negou que Hercílio tenha fugido do local.

“O senhor Hercílio em nenhum momento se evadiu do acidente. O que ocorreu foi, devido à sua personalidade pública, um momento infeliz em que foi dito que a esposa dirigia, quando, na verdade, era ele”, declarou.

Segundo a defesa, o vice-prefeito dirigia em baixa velocidade em um trecho de descida com redutor.

A advogada da família da vítima, Francieli Francisconi, afirmou que o político não prestou apoio à família da vítima.

“Não houve qualquer contato do causador do acidente com os familiares. Foi uma situação trágica, difícil para a família assimilar”, afirmou.

Fonte: g1

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