O advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa do ex-assessor da Presidência Filipe Martins, fez uma denúncia que envolve o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com ele, o depoimento do general G. Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), na Corte em 16 de julho conta com cortes no vídeo. A exclusão teria sido feita na parte em que o militar fala sobre os atos de 8 de janeiro de 2023.
“Maior bomba do ano”, afirmou Chiquini, em gravação de quase cinco minutos e que foi divulgada em seu perfil na rede social X nesta quarta-feira, 23. “STF editou vídeo do testemunho do G. Dias antes de divulgar no processo.”
Até o momento, o STF não se manifestou a respeito da acusação feita pelo advogado. G. Dias também não comentou o caso.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Horas depois de denunciar o corte, Chiquini compartilhou, por meio do YouTube, o que apresenta como a íntegra do depoimento de G. Dias no STF. O material em questão tem 18 minutos de duração. Segundo o advogado, o general “acabou com a trama golpista”.
Em outra postagem no X, Chiquini foi ainda mais firme contra o Supremo. “O STF adulterou o vídeo”, diz, em vídeo de quase seis minutos de duração. Ele afirma que um dos trechos suprimidos pela Corte foi quando ele perguntou a G. Dias se havia tropa de prontidão no Palácio do Planalto no 8 de janeiro. A resposta do general foi “havia”.
Leia mais:
🚨CAIU A CASA: Veja os detalhes da adulteração feita pelo STF no processo da “trama golpista”, durante o depoimento do G. Dias na audiência de Filipe Martins. pic.twitter.com/aXsAe9SS4H
— Jeffrey Chiquini (@JeffreyChiquini) July 23, 2025
Personagem da polêmica de edição de vídeo pelo STF foi demitido por Lula
Personagem da polêmica que Chiquini denunciou, de que o STF cortou trecho de depoimento de vídeo, G. Dias foi o primeiro ministro a cair do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Então aliado do petista, o general assumiu o comando do GSI em 1º de janeiro de 2023.
A passagem de G. Dias no primeiro escalão do Executivo federal, no entanto, não durou muito. Ele acabou demitido em 19 de abril de 2023. A demissão ocorreu no mesmo dia em que imagens revelaram a presença do general nas dependências do Palácio do Planalto justamente em 8 de janeiro. Registros mostram o então ministro entregando garrafas de água mineral, conversando e, aparentemente, orientando manifestantes que haviam invadido o prédio público.


Leia também: “O que aconteceu no 8 de janeiro?”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 161 da Revista Oeste