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Vou às últimas consequências para tirar Moraes do poder

Em meio a críticas contundentes a membros do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou estar preparado para ir até “as últimas consequências” para retirar o ministro Alexandre de Moraes do poder.

O parlamentar também chamou o ministro de “psicopata”, “mafioso” e “bandido”. Além disso, Eduardo destacou a interferência de Moraes nas decisões do Congresso Nacional.

O deputado deu as declarações durante entrevista à BBC News, concedida em Washington, nesta quarta-feira 13.

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Ao falar das sanções impostas pelo EUA a ministros do STF, em especial a Alexandre de Moraes, Eduardo afirmou considerar o instrumento legítimo. Segundo o parlamentar, o governo Trump pode ajudar o Brasil a restaurar a normalidade democrática.

Entre as ferramentas americanas, Eduardo citou a ampliação da Lei Magnitsky e a restrição de vistos como formas de sancionar autoridades brasileiras caso não avancem projetos como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 ou o impeachment de Alexandre de Moraes.

Eduardo também sugeriu que a esposa de Moraes deveria sofrer sanções por suposto enriquecimento ilícito.

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Durante a passagem pela capital americana, Eduardo Bolsonaro esteve acompanhado do jornalista Paulo Figueiredo. Os dois participaram de reuniões com representantes do governo do presidente Donald Trump.

A articulação de ambos junto ao governo norte-americano resultou nas recentes sanções impostas pelos EUA a autoridades brasileiras em decorrência de abusos judiciais contra empresas e cidadãos estadunidenses.

O governo Trump também critica a perseguição política deflagrada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Perseguição política e exílio

O deputado, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificou o cenário político brasileiro como “ditadura” e destacou que é alvo, junto com o pai e apoiadores, de perseguição política.

Eduardo precisou mudar-se com a família para o Texas, nos EUA, depois de entrar na mira do STF por suposta ligação com os atos do dia 8 de janeiro de 2023 e por denunciar a situação política do Brasil no exterior.

Nos EUA, Eduardo Bolsonaro intensificou articulações para fomentar sanções do governo Trump contra autoridades brasileiras, movimento que teve início em viagens realizadas enquanto ainda ocupava o mandato.

Nesta quarta-feira 13, o senador americano Marco Rubio anunciou novas sanções direcionadas a envolvidos no programa Mais Médicos, que ele classificou como um “esquema” destinado à exploração de profissionais cubanos.

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No mesmo contexto, Eduardo defendeu que medidas restritivas podem ser ampliadas para abranger presidentes da Câmara e do Senado, caso não haja avanço no projeto de anistia.

“A decisão cabe às autoridades americanas, mas, se nada for feito, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) podem ser incluídos nas sanções”, declarou.

“A nossa liberdade vale mais do que a economia”

Ao abordar o custo social das sanções, Eduardo Bolsonaro disse preferir o sacrifício atual a ver o país consolidar um regime autoritário, afirmando que não deseja que o Brasil siga o caminho da Venezuela.

“Vale a pena lutar”, afirmou. “A nossa liberdade vale mais do que a economia.”

Ele responsabilizou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo quadro econômico e afirmou que sua atuação é uma resposta, não a causa das dificuldades.

“O povo brasileiro está lutando para não ter um futuro onde trabalhará apenas para sustentar o regime atual”, disse.

Leia também: “O tirano do Brasil”, reportagem de Cristyan Costa e Silvio Navarro publicada na Edição 280 da Revista Oeste

Sobre as eleições presidenciais de 2026, Eduardo confirmou seu apoio a Jair Bolsonaro, enquanto este decidir disputar o pleito.

Ele também comentou que governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, adota postura distinta da sua ao buscar diálogo, mas afirmou não enxergar possibilidade de negociação com Alexandre de Moraes.

“O tratamento a ser dado para Alexandre Moraes é um tratamento de um criminoso e de um bandido”, disse o deputado. “O Alexandre de Moraes só vai respeitar alguém que demonstrar ser mais forte que ele. É por isso que são necessárias as sanções.”

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