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Wanderlei e Popó narram encontro em comercial após brilha generalizada, e ex-UFC nega pazes: ‘Só depende dele’

Uma campanha publicitária lançada pelo ‘Burger King’ na última quinta-feira (16) roubou a cena e se tornou um dos assuntos mais comentados no Brasil, principalmente dentro da comunidade das lutas. Isso porque a rede de restaurantes especializada em fast-food decidiu escalar Wanderlei Silva e Acelino ‘Popó’ Freitas como estrelas do comercial – no que marcou o primeiro encontro dos rivais após a briga protagonizada pelas equipes dos dois ao final do combate entre eles no ‘Spaten Fight Night 2’, no dia 27 de setembro. E o clima do reencontro parece ter sido tranquilo, pelo menos durante as gravações.

Em contato com a equipe de reportagem da Ag Fight, as duas lendas do esporte brasileiro narraram o reencontro entre eles de forma semelhante. O profissionalismo durante as gravações do novo comercial do ‘BK’ foi destacado por ambos. Bem ao seu estilo, Wanderlei deixou claro que não é adepto a resolver suas diferenças na base da discussão e, portanto, se manteve distante no período em que esteve no mesmo local que o desafeto.

“Eu sempre tive um relacionamento tranquilo com o Popó. Nunca fui amigo dele, mas a gente se encontrava e era sempre uma relação respeitosa. E lá no set de gravação também foi uma situação tranquila porque a gente é profissional. E eu sou da opinião que homem não discute: ou sai no soco ou fica na boa. Não tem essa de ficar discutindo. Acho que o que aconteceu, aconteceu, e a gente tem que – em nome do esporte – fazer com que o esporte cresça, pregar a paz, pregar o uso da arte marcial somente na hora do combate… Mas foi tranquilo (o encontro com Popó)”, contou Wanderlei.

Por sua vez, Popó alega ter conversado com Wanderlei nos bastidores das gravações. O encontro amistoso entre os dois na frente e atrás das câmeras foi tão surpreendente, levando em conta a confusão na qual ambos estiveram presentes recentemente, que muitas pessoas acreditavam que a ação publicitária havia sido feita com a ajuda de Inteligência Artificial – rumor que o tetracampeão mundial de boxe tratou de desmentir nas suas redes sociais.

“Concordei mais ou menos cinco dias atrás e esse comercial foi gravado anteontem e foi ao ar ontem (quinta-feira). Muita gente achando que foi inteligência artificial. Eu tive até que colocar bastidores da gravação para verem. E foi tudo bem, tudo tranquilo. Cumprimentei ele, perguntei se estava bem e ele disse que estava tranquilo. Falei com ele nos bastidores e dei um abraço nele. Perguntei como ele estava e tal”, recordou Popó.

Nada de pazes!

No entanto, engana-se quem pensa que o clima tranquilo das gravações representam uma bandeira branca na briga entre Wanderlei Silva e Acelino Popó Freitas. Nocauteado pelo filho do baiano durante a briga generalizada no Spaten Fight Night 2, em setembro, o Hall da Fama do UFC – que havia prometido levar o caso à Justiça – negou que tenha perdoado o desafeto ou seu herdeiro. Além de cobrar uma retratação, o curitibano indica que o caminho para um acordo de reconciliação deve incluir os advogados de ambos.

“Isso (a paz), na verdade, depende dele. Meu advogado já conversou com ele, só está dependendo dele para que seja fechada a paz. Durante a gravação do comercial, nós ficamos praticamente oito horas sentados juntos. Eu não conversei com ele e ele também não conversou comigo. Ele não veio falar comigo, não falou nada sobre o ocorrido, eu também não falei nada. Mas eu esperava que ele viesse e falasse: ‘Olha, aquele ato covarde que meu filho fez com você não foi uma coisa legal. Me desculpe’. Ele não falou nada, não dirigiu a palavra a mim, eu também não dirigi a ele. Foi uma relação profissional. Agora só depende dele para que isso acabe e a paz seja selada. Se ele quiser, isso pode acontecer”, sentenciou o veterano do MMA.

Do outro lado, Popó enxerga a situação de forma diferente. Para o pugilista baiano, é Wanderlei quem deveria pedir desculpas a ele, por conta das constantes infrações cometidas pelo ex-UFC durante o combate de boxe disputado por eles no Spaten Fight Night 2, em São Paulo.

“Nunca tive ‘desamizade’ com ele. Só aquela provocação antes da luta. Eu chamando ele de cachorro morto e ele me chamando de bunda mole. Fora isso, nunca tivemos nada fora a luta. E outra: se tivesse alguém que deveria pedir desculpas seria ele pelas cabeçadas. Até no MMA são proibidas as cabeçadas. A única coisa que falei no pós luta nas redes sociais de desculpa foi o acontecido após a luta. Mas, em luta, a pessoa que deveria pedir desculpas era ele, porque fugiu das regras”, ponderou o ícone do boxe brasileiro.

Ação relâmpago

Apesar de, aparentemente, ainda existirem diferenças a tratar entre Wanderlei e Popó, toda a negociação e processo de realização da mais nova campanha publicitária do Burger King demorou pouco tempo para ser colocada em prática. Entre o convite, o ‘sim’ dos envolvidos e a gravação do comercial, os veteranos lutadores estimam que se passaram cinco dias, no máximo.

“Essa ação foi feita com meu empresário, Paulo Schmidt, que foi contactado pelo pessoal do Burger King, (eles) queriam que a gente fizesse esse comercial. Foi uma propaganda muito rápida. Entre o contato que foi feito comigo e o comercial estar pronto foram cinco dias. O pessoal da agência, o pessoal do Burger King está de parabéns – muito bem feito”, afirmou Wanderlei.

Relembre o episódio

Depois de Wanderlei Silva ser desclassificado por reincidir em golpes ilegais – cabeçadas e até uma joelhada – contra Acelino Freitas, uma confusão tomou conta do ringue do Spaten Fight Night 2, com membros das duas equipes engajando em uma pancadaria generalizada. Durante a briga, um membro do time de Popó, posteriormente identificado com um de seus filhos, conectou um soco no ex-lutador do UFC que o levou à lona, nocauteado. O incidente ainda continuou por mais algum tempo antes de se encerrar definitivamente.


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