O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin concedeu liberdade a Andreson de Oliveira Gonçalves, lobista investigado por envolvimento no esquema de venda de sentenças que envolve gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Andreson estava preso desde novembro. Zanin acolheu os argumentos da defesa, de que o estado de saúde do lobista piorou durante quase oito meses de prisão. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concordou com o pedido de liberdade feito pelos advogados de Andreson.

As investigações sobre o lobista

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia identificado, em conversas analisadas, indícios de compra de decisões judiciais em Mato Grosso por parte de Zampieri, além de sua proximidade com Andreson, apontado como pessoa com suposta influência no STJ.

O monitoramento das mensagens revelou que Andreson compartilhou minutas de decisões de ministros do STJ antes da publicação e mencionou pagamentos feitos a assessores em troca de decisões favoráveis. Esses elementos levaram a Polícia Federal a iniciar a Operação Sisamnes, que resultou na prisão do lobista em novembro.

Na sequência das apurações, a PF identificou transferências bancárias da empresa de Andreson para pessoas ligadas a agentes públicos. Entre as movimentações, destaca-se um repasse de R$ 4 milhões a um servidor do STJ que já atuou nos gabinetes de duas ministras. O inquérito que investiga os assessores do tribunal está próximo do fim, mas até o momento não foram encontradas provas de ligação direta de Andreson com ministros.

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