O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin revogou a prisão do empresário Diego Cavalcante, que seria operador financeiro do esquema de venda de sentenças que envolve gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Preso desde 15 de maio, o empresário foi indiciado pela Polícia Federal no esquema de corrupção que tem como peça-chave o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. Com Cavalcante, os agentes federais apreenderam dois Porsches.
Cavalcante foi preso preventivamente em razão da acusação de tentar dificultar investigações sobre organização criminosa.
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Agora, apesar do indiciamento por obstrução, a Procuradoria-Geral da República (PGR) reviu sua decisão anterior, acolheu os argumentos apresentados pela defesa, que é chefiada pelo advogado Marcelo Tigre, e se manifestou pela liberdade do operador financeiro.
A defesa de Cavalcante alegou que o indiciamento teria se baseado em uma conversa entre advogado e cliente, o que é uma prova inválida, ou, como disse a defesa, um “manifesto elemento imprestável para qualquer fim”. Além disso, as conclusões da PF teriam se baseado em presunção da PF, e não em fatos.
Zanin impõe medidas cautelares contra operador financeiro
Na decisão que libertou o empresário, Zanin determinou que Cavalcante use tornozeleira eletrônica, cumpra recolhimento domiciliar à noite, compareça ao juízo a cada 15 dias, não mantenha contato com outros investigados e permaneça proibido de sair do país, com passaporte retido.


Na decisão, Zanin destacou que, apesar da liberdade, a investigação dos atos ilícitos contra Cavalcante prosseguem.
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