O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), criticou duramente a representação apresentada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) à Procuradoria-Geral da República contra 14 deputados de oposição. Na ação, o petista acusa os parlamentares de suposta abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Segundo Zucco, a denúncia apresentada pelo líder do PT na Câmara nesta segunda-feira, 11, é “mais uma denúncia infundada” e que Lindbergh atua como um “verdadeiro agente da ditadura em curso no Brasil”.
“Lindbergh Farias atua como verdadeiro agente da ditadura em curso no Brasil, um ‘leva e traz’ a serviço de um Judiciário que persegue seletivamente a direita e silencia vozes críticas ao regime”, declarou.
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Zucco diz que denúncia à PGR é “hipocrisia”
A representação de Lindbergh, enviada à PGR na segunda-feira (11), pede a abertura de investigação com base no crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (artigo 359-L do Código Penal). O documento alega que os deputados oposicionistas “tomaram de assalto” a Mesa Diretora da Câmara.
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São citados na representação os deputados:
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Carlos Jordy (PL-RJ);
- Nikolas Ferreira (PL-MG);
- Zucco (PL-RS);
- Allan Garcês (PP-MA);
- Carol de Toni (PL-SC);
- Marco Feliciano (PL-SP);
- Domingos Sávio (PL-MG);
- Marcel Van Hattem (Novo-RS);
- Zé Trovão (PL-SC);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Paulo Bilynskyj (PL-SP);
- Marcos Pollon (PL-MS);
- Julia Zanatta (PL-SC).


Zucco rebateu a acusação e apontou o que considera “hipocrisia” por parte do líder petista: “O próprio Lindbergh, ao lado de sua companheira Gleisi Hoffmann, comandou a ocupação da Mesa Diretora do Senado Federal, em um episódio semelhante ao ocorrido na semana passada”.
“Naquele momento, não houve indignação seletiva nem discursos inflamados contra ‘atos antidemocráticos’”, afirmou. “A oposição seguirá firme na defesa da liberdade, da democracia e do direito legítimo de manifestação parlamentar, sem se curvar às ameaças e perseguições daqueles que, no passado, usaram e abusaram das mesmas estratégias que hoje tentam criminalizar.”


A decisão sobre a abertura ou não de inquérito cabe à Procuradoria-Geral da República, que, caso entenda haver elementos, poderá oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal, foro responsável por processar e julgar deputados federais.
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